Mílon (em grego: Μίλων; Crotona, 510 a.C.)[carece de fontes?], filho de Diotimus, foi um célebre atletagrego que destacou-se na luta e que nos jogos antigos teria ganho 12 competições: seis vezes nos Jogos Olímpicos (uma delas na categoria de crianças) e seis vezes nos Jogos Píticos (uma delas como criança).[1] Na sétima vez que competiu nos jogos olímpicos, ele perdeu para Timasitheus, um jovem de Crotona, que se recusou a chegar perto dele na luta.[1]
Como testemunho de sua enorme força muscular se cita o caso de que assistindo a uma lição de Pitágoras com vários discípulos do filósofo, o teto desabava e Milon o sustentou com uma mão até que todos tivessem saído do recinto. Ele também carregava a própria estátua.[2]
Em outra ocasião carregou um boi de quatro anos sobre suas costas, correndo com esta carga uns 120 passos, matando-o posteriormente com um golpe das próprias mãos.
Morte
Se conta que um dia, passeando por um bosque, encontrou uma árvore parcialmente derrubada pelos lenhadores que haviam posto uma cunha em uma rachadura.[3] Querendo partir a árvore com suas mãos, removeu a cunha, quando então as partes do tronco se uniram deixando presas suas mãos e assim foi devorado por lobos selvagens.[3]
Curiosidades
Sobre o lendário episódio do boi sobre suas costas, é relatado que colocou o animal desde pequeno, seguida e metodicamente, repetindo os movimentos que faria, e a medida que o animal crescia, contava que suas força crescesse proporcionalmente. É uma das descrições mais antigas de um treinamento com cargas crescentes, ou (princípio da sobrecarga), a base do treinamento com pesos na (musculação), no (fisiculturismo) e do (halterofilismo), meios nos quais sua figura tornou-se, ainda que lendária e simbólica, exemplo de princípios, método e persistência.
Sua estátua em Olímpia, feita por "Dameas" de Crotona, ainda existia na época de (Pausânias).[1] Além de diversas representações na pintura e na escultura, Milon é citado por François Rabelais quando faz comparações da força de seu personagem (Gargântua) e por William Shakespeare no 2° ato de (Tróilo e Créssida).