Nota: Para átomos onde um ou mais eletrões foram substituídos por muões, veja
Átomo exótico .
O muónio (português europeu ) ou muônio (português brasileiro ) é um átomo exótico , composto por um antimuão , antipartícula do muão (português europeu ) ou muón (português brasileiro ) , e um eletrão (português europeu ) ou elétron (português brasileiro ) ,[ 1] descoberto por Vernon W. Hughes em 1960.[ 2] A IUPAC atribuiu-lhe o símbolo Mu.[ 3] Apesar da curta vida do muônio, este pode entrar em compostos como o cloreto de muônio (MuCl) ou muônido de sódio (NaMu).[ 3]
Esquema simplificado de um átomo de muônio.
Devido à diferença entre as massas do múon e do elétron, o muônio ( μ+ e− ) é assemelha-se mais ao átomo de hidrogênio ( p+ e− ) que o positrônio ( e+ e− ). O seu raio de Bohr e sua energia de ionização correspondem a cerca de 0,5% das do hidrogênio , deutério e trítio .[ 4]
Apesar de possuir um tempo de vida curto, os químicos físicos estudam-no através da espectroscopia de spin muônico (μSR), num processo de ressonância magnética semelhante à espectroscopia por ressonância de spin eletrónico (ESR) e à ressonância magnética nuclear . Tal como a ESR, a μSR é útil no estudo das transformações químicas e na análise da estrutura de compostos com possíveis novas propriedades.
Uma vez que, tal como o elétron, o múon é um leptão (português europeu ) ou leptón (português brasileiro ) , os níveis de energia atómica podem ser calculado com precisão através da eletrodinâmica quântica (QED), ao contrário do que acontece com o átomo de hidrogênio cuja estrutura interna do protão (português europeu ) ou protón (português brasileiro ) é dominado pelo regime da cromodinâmica quântica (QCD). Por esta razão, o muônio é um sistema ideal para o estudo de estados ligados puramente por QED, assim como para a procura de nova física para além do Modelo Padrão .[ 5]
Ver também
Referências