Montanhas Azuis (Austrália)

 Nota: Se procura as Montanhas Azuis do mundo imaginário de J. R. R. Tolkien, veja Ered Luin.
Região das Montanhas Azuis 

As três irmãs, no Parque Nacional das Montanhas Azuis

Critérios (ix) (x)
Referência 917 en fr es
País Austrália
Coordenadas 33° 42′ 00″ S, 150° 00′ 00″ L
Histórico de inscrição
Inscrição 1997

Nome usado na lista do Património Mundial

Montanhas Azuis[1] (em inglês: Blue Mountains) é uma região montanhosa da Austrália. Ela faz fronteira com Sydney, e está localizada 50 km a oeste do centro de Sydney, perto de Penrith.[2] O entendimento comum do tamanho das Montanhas Azuis é variado, já que ela é parte da grande área montanhosa associada com a cordilheira australiana.[3] De acordo com a definição de 1970, a região das Montanhas Azuis faz fronteira com os rios Nepean e Hawkesbury ao leste, com o rio Coxs e o lago Burragorang ao oeste e sul, e com os rios Wolgan e Colo ao norte.[4] Geograficamente, ela está situada na regial central da bacia de Sydney.[5]

A extensão das Montanhas Azuis se extende da cordilheira e escarpas do planalto que saem da cordilheira australiana por 4.8 km ao noroeste da falha de Wolgan até 96 km mais ou menos ao sudeste, terminando em Emu Plains. Em mais ou menos dois terços de seu comprimento, é atravessada pela Great Western Highway e pela Main Western Railway, e será atravessada pelo túnel das Montanhas Azuis, quando completo.[6] Há muitos povoados na região, como Katoomba, Blackheath, Mount Victoria e Springwood. Sua cordilheira forma a bacia hidrográfica entre o rio Coxs ao sul e os rios Grose e Wolgan ao norte.[7] A cordilheira engloba as cordilheiras do Explorador e de Bell.[8]

A área das Montanhas Azuis inclui o governo local da cidade de Blue Mountains. Desde o início da década de 2010, a biodiversidade e infraestrutura da região vêm sendo afetadas severamente por grandes queimadas.[9] Em 2018, 84 milhões de pessoas visitaram o local.[10] As florestas de basalto das Montanhas Azuis e dos Planaltos do Sul são uma comunidade florestal proiminente dentro da ecoregião.[11]

Etimologia

Em 1788, logo após a chegada dos europeus na região de Sydney, Arthur Phillip nomeu a área de Colinas de Carmarthen e Lansdowne. As colinas de Carmarthen estavam ao norte, e as de Lansdowne ao sul. Porém, a área logo passou a ser chamada de Montanhas Azuis, pela tonalidade que ela adquiria quando vista de longe.[12] Acredita-se que a explicação para a cor seja a teoria de Mie, onde luz com comprimentos de onda mais curtos é espalhada pelas partículas da atmosfera, dando uma tonalidade azul-acizentada para objetos distantes, incluindo montanhas e nuvens. Terpenoides voláteis emitidos em grandes quantidades pelas muitas árvores de eucalipto na região podem causar o espalhamento da luz, dando assim a cor azulada para névoa, que dá nome ao local.[13]

Galeria

Referências

  1. Boletím geral do ultramar, Edições 446-450, Agência Geral do Ultramar, 1962, p. 109
  2. Gregory's New South Wales State Road Map (em inglês) 11ª ed. [S.l.]: Gregory's Publishing Company. p. Mapa 220 
  3. Macqueen, Andy (outubro de 2012). «The Blue Mountains: where are they?» (PDF). Mountains History Journal. Blue Mountains Association of Cultural Heritage Organisations (em inglês). 3: 1-25. Consultado em 31 de agosto de 2023 
  4. «NSW Place and Road Naming Proposals System». Geographical Names Board of New South Wales (em inglês). Consultado em 31 de agosto de 2023 
  5. «Imagem da Bacia de Sydney» (em inglês). Consultado em 31 de agosto de 2023 
  6. William Davis (16 de maio de 2022). «Australia's longest tunnel will save commuters "up to 30 minutes"». Drive (em inglês). Consultado em 31 de agosto de 2023. Cópia arquivada em 31 de agosto de 2023 
  7. «Blue Mountains Range». Geographical Names Board of New South Wales (em inglês). Consultado em 31 de agosto de 2023 
  8. «Map of Bell Range in New South Wales». Bonzle Digital Atlas of Australia (em inglês). Consultado em 31 de agosto de 2023. Cópia arquivada em 31 de agosto de 2023 
  9. Lisa Cox and Nick Evershed (16 de janeiro de 2020). «'It's heart-wrenching': 80% of Blue Mountains and 50% of Gondwana rainforests burn in bushfires». The Guardian (em inglês). ISSN 0261-3077. Consultado em 31 de agosto de 2023. Cópia arquivada em 31 de agosto de 2023 
  10. Jennie Curtin (19 de agosto de 2019). «Nat Park tops 8 million visitors». Blue Mountains Gazette (em inglês). Consultado em 31 de agosto de 2023. Cópia arquivada em 31 de agosto de 2023 
  11. «Blue Mountains Basalt Forest in the Sydney Basin Bioregion - profile». NSW Environment, Energy and Science (em inglês). 20 de março de 2015. Consultado em 31 de agosto de 2023. Cópia arquivada em 31 de agosto de 2023 
  12. «AUSTRALIAN DISCOVERY BY LAND». Gutemberg (em inglês). Consultado em 10 de setembro de 2023. Arquivado do original em 12 de janeiro de 2003 
  13. Bohlmann, Jörg; Keeling, Christopher I. (maio de 2008). «Terpenoid biomaterials». The Plant Journal (em inglês) (4): 656–669. ISSN 0960-7412. doi:10.1111/j.1365-313X.2008.03449.x. Consultado em 10 de setembro de 2023 

Ver também

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