A Mina remota Goliath (nome completo em alemão: Leichter Ladungsträger Goliath) eram dois veículos terrestes não tripulados de demolição, usados durante a Segunda Guerra Mundial. A versão elétrica Sd.Kfz. 302 e a com motor a combustão Sd.Kfz. 303a e 303b . Os aliados chamavam de "beetle tanks".[1]
Foi Empregado pela Wehrmacht durante a Segunda Guerra Mundial. Eles carregavam entre 60 ou 100 quilogramas de explosivos, dependendo do modelo, e eram usados para várias situações, como destruir tanques, quebrar fortes formações da infantaria, e a demolição de construções e pontes. Goliaths eram veículos de uso único, por serem destruídos em sua própria explosão.
Desenvolvimento
Durante e depois da Primeira Guerra Mundial, inventores projetaram pequenos veículos controlados à distância, com o objetivo de carregar explosivos. O Aubriot-gabet Torpille Electrique continha um motor elétrico e usava fios para manobrar.[2] Porém, ele não foi feito para cruzar a Terra de ninguém para atacar as trincheiras inimigas.[3] O Wickersham Land Torpedo foi um veículo remoto patentiado pelo norte americano Elmer Wickersham em 1918, e em 1930, um veículo semelhante foi desenvolvido pelo inventor francês Adolphe Kégresse.
Em meados de 1940, o veículo de Kégresse foi capturado pelos alemães aos arredores de Seine, e levado paraBremen, Alemanha para desenvolver um veículo semelhante, com o propósito de carregar o mínimo de 50 kg de explosivos. O resultado foi o SdKfz. 302 (Sonderkraftfahrzeug, veículo de propósito especial), chamado Leichter Ladungsträger, ou goliath, no qual carregava 60 kg de explosivos. O veículo era controlado remotamente por uma pequena caixa de controles. A caixa de controles era conectada ao Goliath por até 650 metros de distância, no qual usava três fios que ficavam atrás do veículo. Dois deles serviam para mover e controlar o Goliath, e o terceiro para a detonação da carga explosiva. Cada Goliath era descartável, pois se destruía junto com o seu alvo. Os primeiros modelos usavam um motor elétrico mas, por serem mais caros de serem feitos (3000Reichsmarks) e difíceis de serem reparados em um ambiente de combate, modelos mais novos (conhecidos como SdKfz. 303) usavam um motor mais simples, movido à gasolina.
No total foram produzidos 7,564 Goliaths, e não foi considerado um sucesso para uma arma de uso único, devido ao alto custo, ser lento (apenas 9,7 km/h), altura livre do solo muito baixo (114 milímetros), cabo de controle vulnerável, e blindagem fraca. O Goliath também era grande e pesado demais para ser considerado portátil.[4]
Uma grande quantidade de Goliaths foram capturados pelos Aliados. Apesar de serem examinados pelo interesse da Inteligência Aliada, eles não tinham valor militar. Alguns Foram usados pela Força Aérea dos Estados Unidos como reboques para aeronaves, porém eram frágeis e quebravam rapidamente, por não serem designados para este serviço.
Exemplares preservados
Vários modelos de Goliaths estão preservados em:
Museu Internacional da Segunda Guerra, Massachusetts, EUA
Chamberlain, Peter, and Hilary Doyle (1999). Encyclopedia of German Tanks of World War Two, 2nd ed. London: Arms & Armour. ISBN1-85409-214-6.
H. R. Everett; Michael Toscano (6 de novembro de 2015). Unmanned Systems of World Wars I and II. [S.l.: s.n.] ISBN978-0-262-02922-3Verifique data em: |data= (ajuda)
Gassend Jean-Loup (2014). Autopsy of a Battle, the Allied Liberation of the French Riviera, August September 1944. Atglen PA: Schiffer Publications.
Jaugitz, Markus (2001). Funklenkpanzer: A History of German Army Remote-and Radio-Controlled Armor Units, trans. David Johnston. Winnipeg, Manitoba: J.J. Fedorowicz Publishing, Inc. ISBN0-921991-58-4.
Jentz, Thomas L. Panzer Tracts, No. 14: Gepanzerte Pionier-Fahrzeuge (Armored Combat Engineer Vehicles, Goliath to Raeumer). S. Darlington, Maryland: Darlington Productions. ISBN1-892848-00-7