Ela foi isolada em 1896, por Arthur Heffter, e sintetizada em 1919, por Ernst Späth.[6][7]Havelock Ellis descreveu a utilização do cacto Anhalonium Lewinii, ou botão de mescal, por índios Kiowa do Novo México em 1898, num artigo intitulado "Mescal: um novo paraíso artificial.[8] Seus efeitos psicofisiológicos na mente humana foram descritos como resultantes da ação de uma substância alucinógena em 1927 por Ernst Spath, que sintetizou o elemento ativo desse cacto, a mescalina, em laboratório em 1919, publicando em seguida o mais extenso estudo sobre ela, "Der Meskalinrausch" (The Mescaline High), em 1927.[9][10]
Por volta da década de 60 ela torna se popular, impulsionada pela obra de Carlos Castañeda que descreve seu uso entre os índios Yaquis. A obra As Portas da Percepção de Aldous Huxley, 1954, também teve como base os estudos descritivos dos efeitos dessa substância na mente humana. A utilização indígena, por sua vez, apesar de proibida e combatida pela igreja e governo americano, sofreu contínua expansão até a consolidação e reconhecimento jurídico da Native American Church.[11]
Posteriormente se descobriu que algumas espécies de cactos (da triboTrichocereeae, gênero Echinopsis), utilizadas por curandeiros da região andina, também contém mescalina, em especial as espécies Echinopsis pachanoi,Echinopsis peruviana e Echinopsis lageniformis. A faixa de concentração de mescalina em espécies cultivadas de Echinopsis, situa-se de a partir de 0,053% até 4,7% em peso seco.[12]
Efeitos
Efeitos que podem ocorrer com o consumo da droga.[13][14][15]
Na descrição de Aldous Huxley: (1) a capacidade de lembrar-se e raciocinar corretamente não sofre redução perceptível; (2) as percepções visuais tornam-se grandemente intensificadas, desligando-se o percebido (senso) descrição conceptual automática, reduzindo-se também o interesse por exploração do espaço; (3) reduz-se a inquietação e a atividade motora voluntária; (4) Ocorrem percepções sucessivas e simultâneas do exterior / interior isenta de angústias.[16]
↑Heffter, Arthur. Ueber Pellote – Beiträge zur chemischen und pharmakologischen Kenntniss der Cacteen Zweite Mittheilung. Naunyn-Schmiedeberg's Archives of Pharmacology, Vol. 40, Nr. 5-6, pp. 385–429, 1898
↑Lanternari, Vittorio. As religiões dos oprimidos. SP, Perspectiva, 1974
↑Ogunbodedea,Olabode; McCombsa, Douglas; Troutb, Keeper; Daleyc, Paul; Terrya, Martin. New mescaline concentrations from 14taxa/cultivars of Echinopsis spp. (Cactaceae) (“SanPedro”)and their relevance to shamanic practice. Journal of Ethnopharmacology, 131(2), 356-362
↑Anderson E. Peyote: the Divine Cactus. University of Arizona Press. 1996.