As mariposas(português brasileiro) ou traças(português europeu), também conhecidas por borboletas nocturnas, são insetos lepidópteros da divisão dos heteróceros, que reúne espécies de voo noturno, com antenas filiformes ou pectinadas. Em algumas regiões, os espécimes de maior tamanho e de coloração escura são chamados de "bruxas". O que mais distingue as mariposas das tão conhecidas borboletas é que as borboletas diurnas possuem antenas finas e com uma pequena esfera na ponta, já as mariposas possuem antenas diferenciadas de acordo com sua espécie, as mariposas assim que pousam deixam suas asas abertas e as borboletas colocam suas asas de maneira vertical. Além disso, as mariposas possuem hábitos noturnos, diferentes das borboletas.
Recentemente, foi chegado à conclusão que são importantes polinizadores.[1]
Etimologia
A palavra "mariposa" é de origem castelhana e é composta de uma apócope de "Maria" (Mari) e do imperativo do verbo posar (em português pousar), "posa".[2]
Em Portugal, no entanto, o termo "mariposa" é mais comumente utilizado como sinônimo para as borboletas.[3] O termo "traça" refere-se mais especificamente às mariposas da família dos tineídeos. Já no Brasil, por sua vez, traça refere-se a lepismas e é a denominação de pequenos animais (Tineola uterella) cujas larvas vivem em casulos chatos com uma abertura em cada extremidade, pela qual a larva sai com parte de seu corpo para se movimentar, por exemplo, nas paredes, na qual fica pendente.
Lagarta
Larvas de mariposa, ou lagartas, entram no estado de Pupa, onde irão se desenvolver até sair na fase adulta já com asas. Algumas lagartas de mariposa fazem buracos no chão, onde ficam até se tornarem mariposas adultas.[4]
Atração pela luz
A atração pela luz, também conhecida como fototaxia, é o movimento que um organismo faz em direção à luz.[5] Frequentemente as mariposas mostram o comportamento de voar em círculos em volta de luzes, principalmente de luzes artificiais, e apesar desse ser um comportamento comum, a razão para ele ainda é desconhecida. Uma hipótese que explica esse comportamento é de que as mariposas se utilizam de uma técnica de navegação chamada de orientação transversal. Ao manter uma relação angular constante a uma fonte de luz, como a Lua por exemplo, elas conseguem manter um voo em linha reta. Objetos no espaço são tão distantes que mesmo depois de ter voado grandes distâncias, a mudança de ângulo entre a mariposa e a fonte de luz é desprezível. Quando a mariposa encontra uma fonte de luz muito mais próxima, como a luz dentro de uma casa, e a usa para navegação, o ângulo muda drasticamente depois de pouco tempo de voo e assim a mariposa tenta instintivamente corrigir esse ângulo se virando contra a luz, resultando assim num voo com um ângulo espiral cada vez mais perto dela, o que explica o motivo delas voarem em círculos em volta de fonte de luz artificiais e constantemente se baterem contra ela.[6]
Taxonomia
Segue abaixo a relação das 121 famílias de Lepidoptera Heterocera. Para as 6 famílias de Rhopalocera ver borboleta.