Mario Monicelli

Mario Monicelli
Mario Monicelli
Nascimento 16 de maio de 1915
Viareggio, Itália
Morte 29 de novembro de 2010 (95 anos)
Roma, Itália
Ocupação roteirista, diretor, ator
Atividade 1935 - 2010
Festival de Berlim
Urso de Prata de Melhor Realizador
1957, 1976, 1982
Festival de Veneza
Leão de Ouro
1959 A Grande Guerra

Prémio de Honra - Leão de Ouro
1991

Outros prêmios
Leão de Ouro
1959
Mario Monicelli

Mario Monicelli (Viareggio, 16 de maio de 1915Roma, 29 de novembro de 2010)[1] foi um importante roteirista (argumentista) e diretor de cinema italiano.

Biografia

Nasceu de uma família de origem mantuana, tendo crescido em Viareggio. Era o segundo filho do crítico teatral e jornalista Tommaso Monicelli. Em Viareggio vivenciou a efervescência cultural experimentada na cidade na década de 1930.

Frequentou o Liceu Clássico Giosuè Carducci, formando-se em História e Filosofia. Ingressou no cinema graças ao amigo Giacomo Forzano, filho do comediógrafo Giovacchino Forzano, fundador de um estúdio cinematográfico, com o curioso nome de Pisorno - uma junção do nome de duas cidades rivais: Pisa e Livorno.

Desde o início, Monicelli vai delineando o particular espírito toscano que será determinante em sua poética cinematográfica que imprimiu na comédia. Junto a Alberto Mondadori, amigo e colaborador, dirige em 1934 o curta-metragrem "Cuore rivelatore", ao qual seguiu-se, neste mesmo ano, ao média-metragem mudo "I ragazzi della via Paal", apresentado e premiado em Veneza. Sob o pseudônimo de Michele Badiek, dirigiu em 1937 seu primeiro longa, Pioggia d'estate.

Crítico cinematográfico desde 1932, de 1939 a 1949 teve ativíssima produção, colaborando em cerca de quatro dezenas de filmes.

Começo oficial

O começo oficialmente registrado de seu trabalho ocorre em 1949, em parceria com Steno, em "Totò cerca casa". Monicelli começa a imprimir seu particular estilo narrativo, simples, mas eficaz e funcional, livre de firulas e virtuosismos, concentrando seu esforço no desenvolvimento do filme.

A colaboração dos dois diretores resulta frutuosa, e dirigem oito filmes em quatro anos, dentre os quais os célebres "Guardie e ladri" (1951) e "Totò a colori" (1952).

Trabalhos próprios

Em 1953 inicia o trabalho solo, continuando sua fecunda atividade cinematográfica, que lhe permite o contato com muitos outros cineastas.

Monicelli colaborou de forma definitiva para a filmografia italiana do pós-guerra, merecendo lugar de destaque neste capítulo da História italiana.

"I soliti ignoti", de 1958, com um elenco especial, composto por Vittorio Gassman, Marcello Mastroianni, Totò e Claudia Cardinale, é considerado como o primeiro filme do filão da commedia all'italiana.

Em 1959 seu filme "La grande guerra" ganhou o Leão de Ouro do Festival Internacional de Cinema de Veneza, rendendo ainda sua primeira indicação ao Óscar. A segunda viria em 1963, com "I compagni".

Diversos outros filmes merecem destaque, em sua longa carreira, onde trabalhou com os maiores atores da Itália, desde Totò, Aldo Fabrizi, Vittorio De Sica, Sophia Loren, Marcello Mastroianni, Vittorio Gassman, Ugo Tognazzi, Anna Magnani, Alberto Sordi, ma anche Nino Manfredi, Paolo Villaggio, Enrico Maria Salerno, Monica Vitti, Enrico Montesano, Giancarlo Giannini, Philippe Noiret, Giuliano Gemma, Stefania Sandrelli, Gian Maria Volonté e Leonardo Pieraccioni.

Morte

Em 29 de novembro de 2010, internado no Hospital San Giovanni, em Roma, devido a um câncer de próstata em fase terminal, Monicelli se suicidou, atirando-se do quarto andar do edifício.[2]

Carreira

Como diretor

Como roteirista

Como ator

Referências

  1. John Francis Lane (30 de novembro de 2010). «Mario Monicelli obituary» (em inglês). The Guardian. Consultado em 15 de maio de 2017 
  2. «Addio a Mario Monicelli - il regista suicida in ospedale». La Repubblica (em italiano). Repubblica.it. 29 de novembro de 2010 

Ligações externas

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