Nasceu numa família de artistas, entre a pintura e a música. Ainda antes de completar 20 anos de idade foi chamada a colaborar com José Barbosa em Carapinhada (1928), uma revista muito inovadora onde deu alento luxuoso às montagens de Eva Stachino.[1][2]
Trabalhou também como decoradora e figurinista para o bailado, ópera e comédia (autora, por exemplo, dos figurinos para a ópera D. João IV, Teatro Nacional de São Carlos, 1940; música de Ruy Coelho, sobre libereto de Silva Tavares).[3]
O seu estilo inicial, cosmopolita, colorido e elegante, adaptou-se bem ao teatro de revista e atingiu o ponto mais alto na década de 1930, como ficou patente na apoteose das Praias da revista Arre Burro (1936), "onde mulheres que fumam se recortam um fundo de praia, sobre o qual está suspenso um chapéu de palha cheio de mulheres, todas muito sofisticadas, a que apenas Beatriz Costa dá um ar gaiato". Mais tarde "o seu traço tornou-se pesado, as suas cores maciças, os seus figurinos enormes e desajeitados".[2]
"Estreada aos doze anos de idade como menina-prodígio, teve uma carreira irregular de ilustradora em estilizações mundanas e regionalistas imitando por vezes Barradas e Soares e ampliando-se em cenografias murais" como as que realizou para o antigo Casino do Estoril (1935) e para a Exposição do Mundo Português (1940).[4]