Manuel Mascarenhas
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Capitão de Arzila
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Período
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1538 - 1545
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Antecessor(a)
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D. João Coutinho
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Sucessor(a)
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D. Francisco Coutinho
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Dados pessoais
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Nascimento
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c. 1480
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Morte
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1546 (66 anos)
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Progenitores
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Mãe: D. Violante Henriques Pai: D. Fernão Martins Mascarenhas, 1° senhor de Lavra e Estepa
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D. Manuel Mascarenhas (c. 1480- 1546) Comendador do Rosmaninhal (Ordem de Cristo), Capitão de Arzila.
Genealogia
D. Manuel era filho de D. Fernão Martins Mascarenhas, 1° senhor de Lavra e Estepa, Comendador de Almodovar (Ordem de Santiago), Alcaide-mor de Montemor-o-Novo e Alcácer do Sal, Capitão de Ginetes de D. João II, e de D. Violante Henriques. Era irmão do 6° vice-rei da Índia, D. Pedro Mascarenhas. Um dos seus cunhados era D. João Coutinho, que o precedeu na capitania de Arzila (casado com sua irmã D. Leonor Henriques).
Casou ele com D. Luísa (ou Leonor) Henriques (filha de Francisco Palha, alcaide-mor de Fronteira), com quem teve 4 filhos: D. Fernando, D. Francisco, Capitão de Ormuz, D. Vasco e D. Beatriz (ou Isabel).
Capitão de Arzila
Depois da partida de D. João Coutinho, em 7 de Outubro de 1538, D. Manuel tomou o governo de Arzila.
Apesar da pazes assinadas esse mesmo ano por D. João com o rei de Fez Mulei Hamete, as lutas continuavam entre os mouros e os portugueses. Por isso em 1543, o rei de Fez declarou as pazes "rôtas".
Em 14 de Novembro de 1543, D. Manuel com D. João de Meneses, capitão de Tânger, passaram o rio de Larache, e tomaram a aldeia de Alhaute, e Buxarém. António da Silveira já tinha tentado a mesma coisa, por duas ocasiões, quando era capitão, mas nunca com exito. Trouxeram "2000 cabeças de gado vacum e muitas éguas e poltros, cativaram 162 almas e mataram cerca de 200.[1]
Em 15 de Maio de 1545 D. Manuel, mais uma vez com D. João de Meneses, faz uma entrada ao campo de Alcácer, aldeia de Bugiham. Aí fazem muita presa de gado, mas à volta são perseguidos pelos mouros, e D. João decide de "voltar contra eles". Foi com D. Jorge da Silva, que estava por fronteiro em Arzila. Os portugueses conseguiram vencer os mouros mas D. João foi derrubado e D. Jorge morto.[2]
Nesse mesmo ano D. Manuel renova as pazes com o rei de Fez, mas tal como as pazes de 1538, nunca foram cumpridas, "os alcaides de Tetuão e Xexuão continuaram a não as acatar, e o de Alcácer, com o favor dos Xerifes, também as não respeitava.[3]
Provavelmente doente D. Manuel partiu no fim desse mesmo ano de 1545, para Portugal, sendo substituído pouco mais tarde por D. Francisco Coutinho, filho de D. João.
Morreu o ano seguinte, ou pelos menos uma carta de cavaleiro da chancelaria de D. João III, datada de 30 de Julho de 1546, fala dele como já falecido.[4]
Fontes
- David Lopes: História de Arzila. Coimbra, imprensa da universidade, 1924 - 1925
Referências
- ↑ História de Arzila, p. 378-379
- ↑ História de Arzila, p. 3379-380
- ↑ História de Arzila, p. 383
- ↑ História de Arzila, p. 384