Manuel Emygdio da Silva era engenheiro, especializado como técnico ferroviário, tendo trabalhado na Companhia dos Caminhos de Ferro da Beira Alta e noutras. Esteve ligado à construção do caminho-de-ferro na Beira Alta. Foi professor no Liceu da Guarda, cidade onde seria correspondente entre 1887 e 1888 do Diário de Notícias de Lisboa.[2] Depois de se fixar em Lisboa, manteve até 1936 uma coluna naquele jornal, intitulada Cousas & lousas, que lhe granjeou notoriedade como cronista. Também se dedicou à crítica de arte, sob o pseudónimo de El Mano. Era amigo de infância de Columbano Bordalo Pinheiro, tendo escrito artigos elogiosos sobre a obra do artista.[4]
Publicista com vasta colaboração jornalística no Diário de Notícias, escreveu regularmente sobre a implantação do turismo em Portugal, mantendo ligação à Sociedade de Propaganda de Portugal, fundada em 1908. Foi autor de um conjunto de descrições geográficas constantes do Guia de Portugal, coordenado por Raúl Proença, e de vários guias turísticos e de viagem.[2]
Foi presidente da direcção do Jardim Zoológico de Lisboa (1911-36), tornando-o num dos melhores da Europa. Por sua iniciativa foi construído em Penacova, um mirante, inaugurado em 31 de maio de 1908, que na atualiade mantém o nome de Mirante Emygdio da Silva.[2] .
Obras
Entre outras, é autor das seguintes obras:
Adriano Coelho: discurso proferido na inauguração da sua memória no Parque das Laranjeiras
A botica do Azevedo 1775-1948. Lisboa : Sociedade Industrial Farmacêutica, 1948.
Discours prononcé à la séance inaugurale du Congrés International de Tourisme. Lisboa: Typ. Universal, 1911.
Dr. António Duarte Ramada Curto, presidente da dircção da Sociedade Jardim Zoologico e de Aclimatação em Portugal discurso proferido na inauguração do seu retrato naquela Sociedade
↑A Manuel Emygdio da Silva: relato do que se fez nas 'Laranjeiras' depois da sua morte e obedecendo à sua última vontade (1937-1948), dado a público no dia em que faria 90 anos. Sociedade do Jardim Zoológico e de Aclimação, Lisboa, 1948.