Manuel Cordo Boullosa (Lisboa, 5 de dezembro de 1905 — Lisboa, 6 de abril de 2000) foi um empresário e magnata português, de origem galega.[2][3]
Biografia
Boullosa, filho de um casal de imigrantes galegos estabelecidos em Lisboa, no comércio de carvão e vinhos, Leocadia Boullosa y Muñoz e Manuel María Cordo Martínez, perdeu a mãe com apenas um ano de idade, altura em que o pai o confiou às tias de Caritel, em Ponte Caldelas, na Galiza. Na adolescência regressou a Lisboa, prosseguindo os estudos, na Escola Académica de Lisboa.
Aos 15 anos, terminado o Curso Comercial, juntou-se ao seu pai, que prosperava no comércio de carvão[4]. Anos depois reunia um grupo de investidores para fundar a empresa petrolífera portuguesa Sociedade Nacional de Petróleo (SONAP), atualmente conhecida como Galp, tendo fundado também outras empresas do sector dos hidrocarbonetos em vários países africanos como Moçambique, a África do Sul, o Maláui e a Essuatíni.[4]
Além dos hidrocarbonetos, a sua atividade empresarial estendeu-se aos ramos bancário, agrícola, comércio retalhista, turismo e editorial e livreiro, chegando a ter a quinta maior fortuna do mundo.[5][6]
A 31 de agosto de 1967, foi agraciado com o grau de Grande-Oficial da Ordem Civil do Mérito Agrícola e Industrial - Classe Industrial.[7]
Em 1982 fundou a editora literária portuguesa Difel (Difusão Editorial S.A.),[8] que fechou no início de 2011.
Grande mecenas da cultura, recebeu da Junta da Galiza a Medalha Castelao em 1991,[4] e em 2000 foi galardoado postumamente com a Medalha de Ouro da Galiza.[9] Um local de passeio e centro de educação infantil e primária de Ponte Caldelas foram batizados com seu nome.[10][11]
Manuel Boullosa nunca renunciou sua identidade galega e doou um palácio que abriga o Centro Galego de Lisboa.[12]
Referências