Manmohan Singh (ਮਨਮੋਹਨ ਸਿੰਘ, na escrita gurmukhi मनमोहन सिंह na escrita devanagari do Punjabe) (Gah, 26 de setembro de 1932) é um político e economista indiano. Foi o 13º Primeiro-ministro da Índia, pertence ao Partido do Congresso e é de religião sikh, sendo o primeiro não-hindu a chefiar o governo indiano. Singh assumiu o cargo de Primeiro-ministro em 2004, por indicação de Sonia Gandhi, e implantou várias reformas sócio-econômicas nos anos que se seguiram. Na política externa, destaca-se por seu posicionamento em prol dos Estados Unidos, tendo ampliado as relações entre os dois países.[1]
Em 1991, quando o país passava por uma forte crise financeira, o então primeiro-ministro P. V. Narasimha Rao convidou Singh para assumir o Ministério das Finanças - foi o fato que marcou sua entrada definitiva na política. No governo Rao, apesar da forte oposição, Singh liderou um processo de reforma financeira de relativo sucesso. Embora sua ações tenham rendido grande apoio popular, seu partido não foi bem-sucedido nas eleições parlamentares de 1996. Consequentemente, durante o governo de Atal Bihari Vajpayee, Singh desempenhou o cargo de Líder da Oposição no Rajya Sabha.
Em 2004, Sonia Gandhi, líder da Aliança Progressista Unida (UPA), indicou Singh para assumir o cargo de primeiro-ministro num ato histórico do país. Singh conduziu reformas no legislativo e desenvolveu projetos de inclusão social, especialmente no que diz respeito à população do interior. No plano externo, manteve uma conduta de boas relações com Ocidente e Oriente, principalmente com os Estados Unidos. Em 2008, sua oposição ao acordo nuclear proposto pelos Estados Unidos causou o afastamento dos partidos esquerdistas. Singh, contudo, manteve sua popularidade perante o povo indiano. Um ponto negativo de seu governo, porém, foram as tensões diplomáticas com o Oriente Médio causadas pelos ataques terroristas à Bombaim.
Juventude e Educação
Manmohan Singh nasceu em 1932 na região do Punjab, que à época pertencia à Índia Britânica. Sua família era de religião Sikh; Órfão desde muito cedo, Singh foi educado pela avó paterna. Em 1947, sucedendo a Partilha da Índia, a família migrou para a cidade de Amritsar, situada no noroeste do país, onde Singh teve seu primeiro contato com uma comunidade hindu.
Após a vitória nas eleições gerais de 2004, o Congresso Nacional Indiano pôs fim à era de governo da Aliança Democrática Nacional (NDA), uma coalização entre os partidos de centro-direita formada em 1998. O Partido do Congresso Nacional uniu-se aos demais partidos de esquerda para formar a Aliança Progressiva Unida (UPA), que seria liderada por Sonia Gandhi. Gandhi, num ato inédito, recusou a candidatura ao Governo indiano, e indicou em seu lugar o economista Manmohan Singh. Apesar de não ter sido membro do Parlamento indiano ou sequer ocupado um cargo mais próximo do eleitorado, Singh desfrutou de grande apoio popular; o que fundamentou sua chegada à chefia do governo. Em 22 de maio de 2004, Singh executou seu juramento como Primeiro-ministro da Índia.
No cargo de chefe de governo, conseguiu liderar a Índia a um período de prosperidade econômica, mas a crise mundial de 2007-2010 abalou o país. Casos de corrupção e lenta diminuição da pobreza fizeram aumentar o descontentamento popular para a sua administração.[2] Muitos indianos achavam que o crescimento econômico do país atingia apenas uma pequena parcela do povo, enquanto a desigualdade social aumentava. Porém, de fato, o PIB cresceu nos anos 2000 uma média de 8–9% ao ano.[3] Singh também lançou projetos para melhorar a saúde e combater o analfabetismo.[4]
Na política externa, ele adotou uma linha mais pragmática. Ao mesmo tempo que se aproximava dos Estados Unidos, também buscou melhorar os laços com os chamados BRICs, especialmente com a China, além da União Européia e até Israel.[5] Com os americanos, Singh teve boas relações com George W. Bush e com Barack Obama.[6] Com a Rússia, o país também estreitou laços, especialmente no ramo da defesa.[7]