Lloque Yupanqui (Quíchua: Lluq'i Yupanki, Canhoto Memorável, 1230[1] - 1290) foi o terceiro Sapa Inca e governador de Cusco . Acredita-se que seu governo tenha começado por volta do ano 1260 e terminou em torno do ano 1290. Era filho de Sinchi Roca, a quem sucedeu, e de Chimpu Urma.[2]
Vida
Lloque Yupanqui não estava originalmente destinado a ser o sucessor do Sinchi Roca este seria seu irmão mais velho Manco Sapaca, uma misteriosa decisão de último momento fez com que ele herdasse o trono.[3]Arturo Gómez Alarcón afirma que Sinchi Roca o elegeu por suas atitudes de líder e guerreiro.[1]
Lloque Yupanqui como seu pai traçou como objetivo a expansão dos territórios do Curacado de Cusco.[4]
Lloque Yupanqui era temido e respeitado pelo seu povo (lhe davam as costas para não ousar olharem seu rosto). Alistou um exército de 10 mil soldados e obteve obediência de quatro Ayllus (Zepita, Pomata, July e Desaguadero).[5] No oriente submeteu os povos da Cordilheira Branca, em seu regresso foi recebido triunfalmente em Cusco.[1] A vitória sobre os Huallas (antigos habitantes de Cusco que que foram subjugados por seu avô Manco Capac) [6] lhe permitiu estabelecer alianças políticas com outros Curacas da região (principalmente com o de Huaro e o de Quilliscachi). Assim nasceu a Confederação Cusquenha da qual os Incas eram o grupo mais poderoso.[7]
Lloque Yupanqui também conseguiu tomar as férteis terras da Região de Maras, no Vale do Urubamba dos Ayarmacas,[1] durante seu governo, o chefe-guerreiro dos Ayarmaca morreu em combate (ao que parece o combate não foi contra los incas) e Lloque, aproveitando a situação conseguiu vencer algumas batalhas sobre eles, livrando-se assim de seus perigosos ataques por muitos anos. Durante o período de falta de direção dos Ayarmacas, Lloque se tornou aliado de algumas das cidades ayamarcas e passou a alimentar a rivalidade entre elas fracionando o Curacado dos Ayarmaca.[8]
Quando Lloque já estava com uma idade avançada se casou com a jovem Mama Cahua, filha do Curaca de Oma (um Curacado localizado a 11 quilômetros ao sul de Cusco), um matrimonio com fins políticos, que permitiu ampliar a rede de alianças que consolidaram os incas na região[1] e perpetuar sua descendência.[6]
Seus descendentes formaram um ayllu real chamado Aguanin Panaca,[1] apesar do Padre Bernabe Cobo lhe chamar Huananina e de Pedro Sarmiento de Gamboa os referir como Ahuaya.[6]
↑Padre Bernabe Cobo, History of the Inca Empire: An Account of the Indians' Customs and Their Origin, Together with a Treatise on Inca Legends, History, and Social Institutions. (em inglês) University of Texas Press, 2010 p, 115 ISBN 9780292789807
↑Lloque Yupanqui in Carpeta Pedagógica (em castelhano). Página visitada em 23/01/2017
↑ abcLloque Yupanqui in História del Peru (em castelhano). Página visitada em 23/01/2017