Para definir favela, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) criou o conceito de aglomerado subnormal, que se refere a um conjunto constituído por no mínimo 51 unidades habitacionais que ocupam terreno de propriedade alheia (pública ou particular) e estão dispostas, em geral, de forma desordenada e densa; carentes, em sua maioria, de serviços públicos e essenciais.[1] Em Teresópolis, município localizado no interior do estado do Rio de Janeiro, existem 23 localidades classificadas como "aglomerados subnormais", onde cerca de 41 809 pessoas residem, o que representa a taxa de 25,6% do total da população, tornando o segundo município fluminense mais favelizado, sendo superado apenas por Angra dos Reis (35,5%).[2]
O crescimento desordenado da cidade como um todo gerou um grande pico de construções de padrão regular, e aumentou o conceito de favelização. Entre 2000 e 2007, a cidade experimentou algumas novas dinâmicas de ocupação de espaços. Algumas regiões, entre elas os bairros Soberbo, Cascata Guarani, Quinta Lebrão e Tijuca experimentaram forte aumento de habitantes, com crescimento acima de 20%. O adensamento habitacional de áreas é visto como um desafio para as políticas públicas, em termos de atendimentos, transportes, infra-estrutura.[3]