Sinais escritos em outros sistemas de escrita são melhor chamados silabogramas (que denotam uma sílaba) ou logogramas (que denotam uma palavra ou frase).
Descrição e uso
Como símbolos que denotam partes da fala, as letras estão associadas com a fonética. Num alfabeto puramente fonêmico, um único fonema é representado por uma única letra, mas na história e na prática, as letras muitas vezes denotam mais de um fonema. Um par de letras que designam um único fonema é chamado de dígrafo. Exemplos de dígrafos em português incluem "ch", "nh" e "ss". Um fonema pode ser representado também por três letras, chamado de trígrafo. Um exemplo é a combinação "sch" em alemão.
Uma letra também pode ser associada a mais de um fonema, com o fonema dependendo das letras em sua volta ou da etimologia da palavra. Como exemplo dos efeitos posicionais, a letra c em português é pronunciada [k] antes de a, o ou u (por exemplo, cantar, cortar, cuidado, Colorado), mas é pronunciado [s] antes de e ou i (por exemplo, cessar, cidade).
Letras também têm nomes específicos a eles associados. Esses nomes podem diferir conforme a língua, dialeto e história. Z, por exemplo, é geralmente chamado de zed em todos países de fala inglesa, exceto nos Estados Unidos, onde é chamado zee.
A invenção das letras foi precedida pela escrita semítica ocidental, que apareceu em Canaã por volta de 1000 a.C.. Há antecedentes que geram alguma suspeita na escrita proto-cananita, datada de cerca de 1800 a.C. Praticamente todos os alfabetos têm suas origens fundamentais neste sistema. O alfabeto grego, inventado por volta de 800 a.C., como o primeiro alfabeto de verdade, atribuindo letras não só para as consoantes, mas também para as vogais.[1]
Robinson A. 2003, "The Origins of writing" in David Crowely and Paul Heyer 'Communication in History: Technology, Culture, Society' (fourth edition) Allyn and Bacon Boston pp 34-40
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