As línguas urálicas constituem uma família de línguas com aproximadamente 30 diferentes idiomas falados por cerca de 20 milhões de pessoas. Compreende o ramo das línguas úgricas, fino-permianas e o grupo dos idiomas samoiedos. As três línguas com maior número de falantes do grupo são: estoniano, finlandês e húngaro, contando ainda com os lapões (lapão) e os samoiedos.
O nome "Urálico" se refere à provável terra natal dos falantes dessas línguas, nos Montes Urais. Acredita-se que os falantes do Proto-Urálico pertenciam a uma vasta nação estabelecida na Rússia Central há cerca de 7000 anos, o que se trata de um anacronismo vulgar pós-medieval, já que os norte/leste-siberianos só saíram de sua terra natal rumo a oeste e sudoeste milênios depois, sendo estas zonas originalmente a parte norte da Cítia de fala indo-europeia e demografia europídea.[1]
As características típicas das línguas urálicas incluem:
Subdivisões
As línguas urálicas podem ser subdivididas nos seguintes grupos de idiomas (não incluindo os idiomas já extintos):
Grupos majoritários
- Grupo balto-fínico: Tem como línguas majoritárias o finlandês, com mais de 5,6 milhões de falantes,[2][3] e o estoniano, com mais de um milhão de falantes.[3] Inclui também o carélio, com mais de 100 mil falantes.
- Grupo fino-volgaico: Tem como idiomas majoritários o mari, com mais de 500 mil falantes,[3] o erzya, com mais de 400 mil falantes[3] e o moksha, com mais de 200 mil falantes.[3]
- Grupo pérmico: Inclui o udmurte, com mais de 450 mil falantes,[3] o komi, com mais de 220 mil falantes[3] e o komi-permiak, com mais de 80 mil falantes.[3]
- Grupo úgrico: Inclui o húngaro, com mais de 14 milhões de falantes,[3] e ainda os idiomas minoritários ostíaco (khanty) e o vogul (mansi), com menos de 50 mil falantes.
Grupos minoritários
- Grupo lapão: Inclui os vários dialetos lapões (saami), que, somados, têm aproximadamente 20 mil falantes.
- Grupo samoiedo: Inclui os idiomas nenets, enets, naganasan e selkup, com cerca de 30 mil falantes.
- Grupo yukaghir: Quase desaparecido, contando com menos de mil falantes.
Ver também
Referências
- ↑ PINKER, Steven, 1994, "The Language Instinct", p. 274, Cap. 8 "The Tower of Babel", Penguin Books EUA.
- ↑ «Finnish - Ethnologue». Ethnologue (em inglês). Ethnologue.com. Consultado em 29 de novembro de 2016
- ↑ a b c d e f g h i «Uralic (Finno-Ugrian) languages» (em inglês). 24 de setembro de 2015. Consultado em 28 de novembro de 2016