A língua Siquimesa, língua Suquimesa Tibetana, ou Língua Bhutia, também chamada Dranjongke (འབྲས་ལྗོངས་སྐད་ - jongs-skad}}), Dranjoke, Denjongka, Denzongpe Ke, Denzong Ke; é uma língua da família Sul Tibetana. É falada pela nacionalidade tibetana Bhutia no Siquim. Os siquimeses chama sua própria língua de Dranjongke (འབྲས་ལྗོངས་སྐད་'bras-ljongs-skad) e seu país de Denzong (འབྲས་ལྗོངས་'bras-ljongs}}; Vale do arroz). O Siquimês é escrito com a escrita tibetana.
Geografia
Os falantes do siquimês são em geral agricultores e pastores de religião budista. Vivem majoritariamente em Sikkim, Darjeeling, Bengala Ocidental e talvez haja alguns no Tibete.
Outros nomes
A língua é conhecida também como Dandzongka, Danjongka, Danyouka, Denjong, Denjongkha, Denjongpa, Denjonka, Denjonke, Lachengpa, Lachungpa, Sikami, Sikkim Bhotia, Sikkim Bhutia.
Características
Os falantes de Siquimês podem entender razoavelmente o a língua dzongkha, havendo simetria de 65% entre os léxicos das duas línguas, enquanto que a similaridade com a língua tibetana é de somente 42%. O língua tem sofrido influências de línguas vizinhas tais como Yolmo e Tamang.[1]
Devido à longa convivência com nepaleses e com tibetanos, muitos dos siquimeses usam as línguas dessa etnias.
Escrita
A língua siquimesa usa o alfabeto tibetano, herdado do tibetano clássico, do qual, porém a fonologia e o léxico suimeses diferem muito. Conforme SIL International, a escrita siquimesa é chamada de "Estilo Bodhi" e 68% dos siquimeses étnicos eram alfabetizados em tibetano em 2001.
Fonologia
Consoantes
Tabela das consoantes siquimesas, conforme os especialistas Yliniemi (2005) e van Driem (1992).[2]
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Labial
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Dental/ Alveolar
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Retroflex
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Alveolo-palatal/ Palatal
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Velar
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Glotal
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Nasal oclusiva
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surda |
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n̥ ན /n/ |
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ŋ̥ ང /ng/ |
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sonora |
m མ /m/ |
n ན /n/ |
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n~ŋ ཉ /ny/ |
ŋ ང /ng/ |
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Plosiva
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surda unaspirated
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p པ /p/ |
t ཏ /t/ |
ʈ ཏྲ /tr/ |
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k ཀ /k/ |
ʔ འ /ʔ/
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surda aspirada
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pʰ ཕ /ph/ |
tʰ ཐ /th/ |
ʈʰ ཐྲ /thr/ |
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kʰ ཁ /kh/ |
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sonora
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b བ /b/ |
d ད /d/ |
ɖ དྲ /dr/ |
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ɡ ག /g/ |
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surda
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p̀ʱ བ /p'/ |
t̀ʱ ད /t'/ |
ʈ̀ʱ དྲ /tr'/ |
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k̀ʱ ག /k'/ |
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Africada
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surda unaspirated
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ts ཙ /ts/ |
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tɕ ཅ /c/ |
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surda aspirada
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tsʰ ཚ /tsh/ |
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tɕʰ ཆ /ch/ |
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sonora
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dz ཛ /dz/ |
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dʑ ཇ /j/ |
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não sonora
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tɕ̀ʱ ཇ /c'/ |
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Fricativa
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surda
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s ས /s/ |
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ɕ ཤ /sh/ |
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h ཧ /h/
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sonora
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z ཟ /z/ |
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ʑ ཞ /zh/ |
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Líquida
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surda
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l̥ ལ /l/ |
r̥ ར /r/ |
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sonora
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l ལ /l/ |
r~ɹ~ɾ ར /r/ |
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Aproximante
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w ཝ /w/ |
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j ཡ /y/ |
w ཝ /w/ |
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Consoantes não sonoras são pronunciadas com voz ligeiramente gutural, aspirada e baixa tonicidade. São remanecentes de consoantes sonoras da língua tibetana clássica que perderam sua força fonética. Assim, o histórico fonema tibetano /ny/ é percebido como um alofone de /n/ e /ng/, os quais praticamente perderam seu contraste entre os falantes.
Vogais
Tabela fonética das vogais “Sikkims”, conforme Yliniemi (2005).
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Anterior |
Central |
Posterior
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não-arredondada |
arredondada |
não arredondada |
arredondada
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Close
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i ི /i/ |
y ུ /u/ |
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u ུ /u/
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Mid
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e ེ /e/ |
ø ོ /o/ |
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o ོ /o/
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Open
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ɛ ེ /e/ |
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ɐ /a/ |
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No alfabeto tibetano, um abugida, a vogal inerente é /a/, não marcada.d. Na tabela acima, o [ɛ] /e/ representado em itálico é um alofone de [e] /e/, que só aparece depois de [dʑ] /j/ em sílabas fechadas.
Notas
Bibliografia
- “The grammar of Dzongkha” - George van Driem - Dzongkha Development Commission, Butão, 1992
Ligações externas