John Peter Russell nasceu a 16 de junho de 1858 em Darlinghurst, subúrbio de Sydney. O mais velho dos quatro filhos de John Russell, um engenheiro escocês, e de Charlotte Elizabeth, natural de Londres, John Russell foi um eminente pintor impressionista australiano.[1] Após a morte do seu pai, Russell matriculou-se em Slade School of Fine Art, University College, de Londres, a 5 de fevereiro de 1881, estudando por três anos com o pintor e desenhistafrancêsAlphonse Legros (1837-1911). Mais tarde Russell, imigrou para Paris estudando pintura, onde foi aluno de Fernand Cormon. Lá, conheceu os seus colegas Henri de Toulouse-Lautrec e Émile Bernard. Casou-se com Mariana Antoinetta Matiocco, estabelecendo-se em Belle-Isle, na costa de Bretanha, fixando-se numa colónia de artistas. Ele tivera 11 filhos com Mariana Matiocco, dos quais apenas seis sobreviveram.
Russell conheceu Vincent van Gogh em Paris, formando uma excelente amizade com ele.[2] Trabalhou inúmeras vezes com Claude Monet em Belle-Isle, o que impulsionou a uma significante influência no seu estilo. Monet, contudo afirmou preferir algumas das paisagens marinhas de Russell às dele. Russell não chegou a desenvolveu famosos auto-retratos, como a maior parte dos pintores de renome internacional.
Em 1897 e 1898Henri Matisse havia visitado Belle-Isle. Russell apresentou-o ao impressionismo assim como ao trabalho de Van Gogh (o qual era relativamente desconhecido na época). Foi então que Matisse modificou radicalmente o seu estilo, proferindo mais tarde, que Russell foi outrora seu professor, tendo explicado sobre a teoria das cores a Matisse.[3]
Madame Jeanne Jouve, filha de Roussell, conhecida enquanto cantora em Paris, afirmou que o seu pai havia organizado uma coleção de obras impressionistas de Van Gogh, Gauguin, Émile Bernard, Guillaumin, as quais ele tencionou oferecer à Austrália, contudo nenhuma delas se tornou conhecida após a sua morte. Em 1907, a sua esposa Mariana Matiocco, faleceu em Paris. De luto, Russell enterrou o corpo da sua amada Matiocco perto da sua casa. Angustiado pela morte, o pintor destruiu cerca de 400 dos seus óleos e aquarelas. Auguste Rodin, ficou destroçado com a tremenda devastação "daquelas maravilhosas" obras. Numa das suas cartas dirigidas a Russell, Rodin pronunciou: "As suas obras vão viver, estou certo disso. Um dia você será considerado ao mesmo nível que os nossos amigos Claude Monet, Renoir e Van Gogh". Pouco tempo depois, John Peter Russell regressou a Sydney, onde mais tarde sofreu um ataque cardíaco, morrendo a 22 de abril de 1930.
Thea Proctor (1879-1966), primo de Russell, proeminente artista em Sydney, tentou com enorme esforço promover nos seus últimos anos de vida, as admiráveis obras de Roussell.[4]