Jan Sehn

Jan Sehn

Jan Sehn em 1945
Nascimento 22 de abril de 1909
vila de Tuszów Mały, Condado de Mielec, Reino da Polônia
Morte 12 de dezembro de 1965 (56 anos)
Frankfurt, Alemanha Ocidental
Nacionalidade polonês
Alma mater Universidade Jaguelônica
Ocupação juiz, promotor e professor universitário

Jan Sehn (Tuszów Mały, 22 de abril de 1909Frankfurt, 12 de dezembro de 1965) foi um juiz, promotor, caçador de nazistas polonês, professor da Faculdade de Direito e Administração da Universidade Jaguelônica, em Cracóvia.

Foi responsável por elaborar o primeiro relato detalhado sobre a história e o funcionamento do campo de concentração de Auschwitz. Conduziu os interrogatórios de Rudolf Höss, o comandante que esteve à frente do campo por mais tempo, e o persuadiu a escrever suas memórias antes de sua execução por enforcamento em 1947.[1]

Biografia

Jan Sehn nasceu em uma família de origem alemã, em uma vila no Condado de Mielec, em 1909, que se estabeleceu na Galícia durante o processo de colonização josefina. Entre 1933 e 1937, trabalhou como assistente jurídico no Tribunal Regional de Cracóvia. De 1937 a 1939, atuou como assessor judicial, desempenhando funções de juiz de instrução.[1][2]

Após a Segunda Guerra Mundial, de 1945 a 1947, foi juiz de instrução no Tribunal Regional de Cracóvia. De 1947 a 1949, serviu como juiz do Tribunal de Apelação em Cracóvia. Em 1950, assumiu o cargo de vice-promotor da Procuradoria Regional de Cracóvia e, a partir de 1º de janeiro de 1951, voltou a atuar como juiz no Tribunal Provincial de Cracóvia, função que exerceu até 1952.[1][3]

Em 1949, obteve o título de doutor em Direito pela Faculdade de Direito e Administração da Universidade Jaguelônica. Em 1961, tornou-se professor associado na mesma instituição. Além disso, atuou como representante do Ministro da Justiça da Polônia, dedicando-se à perseguição de criminosos nazistas.[4]

Entre 1945 e 1946, Sehn conduziu, em nome da Comissão de Investigação de Crimes Nazistas, pesquisas no campo de concentração de Auschwitz-Birkenau. Como juiz de instrução, foi responsável por preparar a acusação contra Rudolf Höss, ex-comandante do campo e oficial da SS. Höss foi um dos responsáveis por testar, e depois implementar, vários métodos de matança para executar o plano de Adolf Hitler para exterminar a população judaica na Europa ocupada pela Alemanha Nazista, em um projeto denominado de "a Solução final".[5][4]

A partir de 1949, tornou-se diretor do Instituto de Perícias Forenses de Cracóvia e, posteriormente, professor da Universidade Jaguelônica, onde foi o primeiro a liderar o Departamento de Criminalística. Desde a criação da Comissão Principal de Investigação de Crimes Nazistas, foi membro ativo e presidiu a Comissão Regional em Cracóvia até 1953.[1]

Morte

Túmulo de Jan Sehn no Cemitério Rakowicki, em Cracóvia

Jan Sehn faleceu repentinamente em 12 de dezembro de 1965, em Frankfurt, durante uma de suas missões relacionadas às investigações realizadas no âmbito da Comissão de Investigação de Crimes Nazistas. Ele foi sepultado no Cemitério Rakowicki, em Cracóvia. Em 1966, o Instituto de Perícias Forenses adotou o nome de Professor Jan Sehn em sua homenagem.[1]

Condecorações

Referências

  1. a b c d e Nagorski, Andrew (2019). Caçadores de nazistas. Rio de Janeiro: Intrínseca. p. 439. ISBN 978-8551003299 
  2. «Jan Sehn». Governo da Polônia. Consultado em 13 de janeiro de 2025 
  3. Filip Gańczak (ed.). «Jan Sehn: Poland's forgotten nazi hunter». Muzeum Historii Polski. Consultado em 13 de janeiro de 2025 
  4. a b «Generalstaatsanwalt Fritz Bauer und der Frankfurter Auschwitz-Prozess (1963-1965)» (PDF). Dieter Schenk. Consultado em 13 de janeiro de 2025 
  5. Harding, Thomas (2013). Hanns and Rudolf: The True Story of the German Jew Who Tracked Down and Caught the Kommandant of Auschwitz. [S.l.]: Simon & Schuster. p. 288. ISBN 978-0-434-02236-6 

Strategi Solo vs Squad di Free Fire: Cara Menang Mudah!