Jadir Macedo (Cachoeira do Brumado, 4 de outubro de 1926 - Mariana, 14 de março de 1991) foi um político marianense, atuou como vereador e prefeito do município. Sua gestão ficou marcada pela preservação do patrimônio histórico.
Política
Foi vereador em duas ocasiões: 1955 - 1958, ocupando a vice-presidência da Câmara em 1958; e de 1959 - 1962, ocupando a vice-presidência da Câmara em 1959 e 1960.[1]
Jadir Macedo (ARENA) foi eleito prefeito em 1977, contando com o importante apoio do atual prefeito à época, João Ramos Filho. João Ramos tinha sido prefeito entre 1973 e 1977, se consolidando como uma forte liderança local. Com o apoio de Ramos, Macedo conseguiu ser eleito com expressivos 53,5% dos votos. Todavia, posteriormente a posse, os dois se desintenderam, gerando uma cisão política em Mariana.[2]
Seu último cargo público foi o de vice-prefeito de Mariana, de 1990 a 1991, na gestão de Cássio Brigolli Neme (PFL), tendo falecido no cargo.
Ações no executivo municipal
Como prefeito, conduziu uma intensa política de reconhecimento e preservação do patrimônio histórico municipal.[3] Proibiu o tráfego de caminhões e carretas de minérios dentro do centro histórico da cidade. Construindo uma rota que circulava a cidade, protegendo os casarões, os templos religiosos e as ruas coloniais.[4]
Teve diversas ações em Bento Rodrigues. Levou luz eletrica ao distrito e amplicou a Escola Estadual de Bento Rodrigues, para expandir a sua área de atuação.[5] A dita escola foi destruida com o rompimento da barragem do Fundão.[6]
Pelourinho
O pelourinho de Mariana foi erguido em 1750, com a elevação do povoado a condição de vila, e demolido em 1871, pelas ações do movimento abolicionista de Mariana, e pela promulgação da Lei do Ventre Livre. Naquela época os jornais marianenses liberais já tratavam o pelourinho como um elemento de tortura, como um marco da selvageria. O dito pelourinho foi preservado, desmontado, e reconstruido durante a gestão de Jadir Macedo, sendo instalado na Praça Minas Gerais.[3]
Dia de Minas
A ideia teria partido do Roque Camêllo, presidente da Academia Marianense de Letras, que havia pensado na criação de uma data cívica estadual, que rememoraria a importância histórica marianense. A lei previa a transferência simbolica da capital mineira para Mariana, visto que a cidade tinha sido a primeira vila, cidade, bispado e capital de Minas Gerais. A proposta foi votada pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais, sendo aprovada em 1979, e depois sancionada pelo governador Francelino Pereira.[2]
A partir desta data civica, em 1980, Jadir Macedo criou a Medalha do Dia de Minas, que seria concedida, anualmente, em 16 de julho, para personalidades que contribuem com o desenvolvimento mineiro.[7][8]
Homenagens
No distrito de Monsenhor Horta foi criada a Escola Municipal Jadir Macedo,[9] e, na Vila do Carmo, há a rua prefeito Jadir Macedo.[10]
Referências bibliográficas
↑Chaves, Cláudia Maria das Graças; Pires, Maria do Carmo; Magalhães, Sônia Maria de; Maia, Moacir Rodrigo de Castro; Antunes, Álvaro de Araújo; Andrade, Pablo de Oliveira; Souza, Maria José Ferro; Gonçalves, Maria Tereza; Squarsado, Raquel Corrêa (2012). Casa de vereança de Mariana : 300 anos de história da Câmara Municipal. [S.l.]: Editora UFOP
↑ abc«Clipping». saci2.ufop.br. Consultado em 10 de outubro de 2023
↑Gomes, Danilo (1984). Agua do Catete. [S.l.]: Livraria Editora Cátedra em convênio com Instituto Nacional do Livro, Fundação Nacional Pró-Memória, Brasília