Seus trabalhos mais conhecidos são A Kiss Before Dying (1953), Rosemary's Baby (1967) e The Boys from Brazil (1976), bem como a peça Deathtrap (1978). Vários de seus trabalhos, tanto livros quanto peças de teatro, foram adaptados para o cinema.
Biografia
Levin nasceu em 1929, em Manhattan, tendo crescido também no Bronx. Seu pai, Charles, era importador e comerciante de brinquedos. Levin estudou em uma escola particular, a Horace Mann School, em Nova Iorque e depois de se formar no ensino médio ingressou na Universidade Drake, em Des Moines, em Iowa, onde estudou de 1946 a 1948. Pela Universidade de Nova Iorque, ele obteve um bacharelado em língua inglesa, formando-se em 1950. De 1953 a 1955, Levin serviu no United States Army Signal Corps.[1]
Carreira
Depois de se formar, Levin começou a roteirizar filmes educativos e roteiros para programas de rádio e televisão. Um dos primeiros roteiros por ele escritos se chamava "Leda's Portrait", para o programa de rádio Lights Out, em 1951.[1] A primeira peça produzida no teatro foi a comédia No Time for Sergeants, adaptada do livro homôninmo de Mac Hyman de 1954. Estrelando Andy Griffith, a peça levou o nome de Levin ao estrelato. Em 1958, a peça foi adaptada para o cinema, estrelando Nick Adams. O mesmo conceito foi depois adaptado para a televisão estrelando Sammy Jackson. No Time for Sergeants é, em geral, considerada a precursora da comédia Gomer Pyle, U.S.M.C., da CBS, que foi ao ar de 25 de setembro de 1964 a 2 de maio de 1969.[2]
Sua peça mais famosa é Deathtrap (1978), que ainda detém o recorde de ser a comédia que mais tempo ficou nos palcos da Broadway. O segundo Prêmio Edgar de sua carreira veio com o sucesso desta peça.[3] Em 1982, ela foi adaptada para o cinema com o mesmo nome (Armadilha Mortal no Brasil), estrelando Christopher Reeve e Michael Caine.[1]
O primeiro livro de Levin foi A Kiss Before Dying (Um beijo antes de morrer) (1953), que foi bem recebido por crítica e público, ganhando o primeiro Prêmio Edgar em 1954 de Melhor Livro Estreante. O livro foi adaptado duas vezes com o mesmo nome, o primeiro em 1956 e o segundo em 1991.[1]
O longa deu origem a uma demanda por livros e filmes com a mesma temática. Em 2002, Levin disse a respeito da febre de filmes sobre ocultimos e satanismo nos anos 1970 e 1980:
“
Me sinto culpado que O Bebê de Rosemary tenha levo ao O Exorcista e a A Profecia. Toda uma geração foi exposta e crê no Diabo. Eu não acredito no Diabo. E sinto que o forte fundamentalismo que temos não seria tão forte se não tivesse tantos desses livros (...) Claro, não devolvi nenhum cheque de royalties.[4]
Na década de 1990, Levin escreveu mais dois livros de sucesso: Sliver (1991), adaptado para o cinema em 1993, estrelando Sharon Stone, William Baldwin e Tom Berenger. O livro Son of Rosemary (1997) foi cogitado como sendo uma sequência do grande sucesso de 1968, mas o filme nunca foi rodado.[1]
Um livro seu, de 1970, Este mundo perfeito (This perfect day), bastante raro em Português por falta de novas edições[8] é uma distopia comparável a Admirável mundo novo de Aldous Huxley, 1984 de George Orwell[9] ou ainda Fahrenheit 451 de Ray Bradbury, que, ao que se sabe, ao contrário de outros títulos do autor, não foi levado à tela grande.
Vida pessoal
Levin casou-se com Gabrielle Aronsohn (de 1960 a 1968), com quem teve três filhos, Adam, Jared e Nicholas. O casamento acabou em divórcio. Depois ele se casou com Phyllis Sugarman em 1979, mas o casamento acabou novamente em divórcio em 1981.[4]
↑ abcdefgChristopher Hawtree, ed. (15 de novembro de 2007). «Ira Levin». The Guardian. Consultado em 15 de março de 2022
↑Ruppersburg, Hugh (2007). The New Georgia Encyclopedia Companion to Georgia Literature. Atlanta: University of Georgia Press. p. 220. ISBN978-0-8203-2876-8
↑«Theater». New York. 14 (37): 123. 21 de setembro de 1981. ISSN0028-7369