In God We Trust

 Nota: Para outros significados, veja In God We Trust (desambiguação).
In God We Trust
Português: Em Deus Confiamos
In God We Trust
O lema In God We Trust na parte de trás da nota de US$ 20.

Lema dos  Estados Unidos
e do estado da  Flórida

Autor(a) Francis Scott Key, embora a frase possa ser rastreada até textos americanos anteriores.
Significado Expressa fé e confiança em um poder divino nos assuntos nacionais e públicos.
Faz referência a Crença em Deus como um princípio fundamental de fé e governança.
Adotado 30 de julho de 1956
Legislação Aprovado pelo 84º Congresso dos Estados Unidos e assinado em lei pelo presidente Dwight D. Eisenhower.
Contexto histórico Adotado durante a era da Guerra Fria.
Uso Frequentemente exibido na moeda, prédios do governo e documentos oficiais nos Estados Unidos.
Precedido por E pluribus unum (De muitos, um)[nota 1]

In God We Trust (Em Deus Confiamos) é o lema nacional dos Estados Unidos e do estado da Flórida. Foi designado por um ato do Congresso em 1956, mas não suspendeu o outro lema, E Pluribus Unum.[1][2]

A estrofe final da canção The Star-Spangled Banner, escrita em 1814 por Francis Scott Key (e mais tarde adotada como hino nacional dos EUA), contém uma das mais antigas referências a uma variação da frase: "...And this our motto be: "In God is our trust."" ("E que esse seja nosso lema: "Em Deus está nossa confiança."").[3]

O lugar mais comum onde o lema é observado é no dinheiro dos Estados Unidos. A primeira moeda norte-americana a carregar o título foi a de dois centavos de 1864. Não apareceu em notas de papel até a década de 1950.

Controvérsias

Frase na moeda de US$ 0,01.

Hoje, o lema é motivo de controvérsia. Um lado argumenta que é necessária uma "separação da igreja e do Estado",[4] defendendo a remoção do lema de todo uso público, incluindo moedas e notas de papel. Argumenta-se que a liberdade religiosa inclui o direito de acreditar na não-existência de um Deus e que o uso deste lema infringe os direitos dos não-teístas. Argumenta-se ainda que qualquer envolvimento de Deus pelo governo é inconstitucional. Outros também alegam que este lema só foi adotado para fazer oposição à União Soviética, onde o ateísmo era predominante, mas esse argumento resvala na notoriedade da frase oriunda dos tempos dos patriarcas americanos. Outro lado do argumento alega que a separação da igreja e do Estado significa que o Congresso não pode impor uma religião do Estado para a população, e que esta separação da igreja e do Estado é uma invenção legislativa não intencionada pelos fundadores do país. Eles argumentam que linguagem religiosa é usada nos documentos que fundaram os EUA, como a Declaração de Independência, apesar de os oponentes alegarem que a declaração é apenas um documento histórico, e não oficial, do governo estado-unidense. O lema, porém, representa parte da cultura americana, sendo tradicionalmente associado ao país, ainda que deposto seu caráter religioso. Além disso, há quem considere que a religiosidade cristã foi um dos elementos fundamentais para a criação do Estado Americano. Mas também há quem considere o contrário.

Theodore Roosevelt, ex-presidente dos EUA, era contra a inserção do lema nas moedas, não por causa da sua falta de fé em Deus, mas sim por pensar que a palavra Deus não devesse ser colocada em uma coisa tão comum como o dinheiro.

Embora as criticas contra o lema sejam frequentes, o governo americano não considera a possibilidade de removê-lo ou modificá-lo.

Nicarágua

Desde 1912, "En Dios Confiamos" sua tradução em espanhol foi o lema gravado nas moedas de Córdoba da República da Nicarágua, até ser suprimido em 1980 na emissão da referida moeda nacional, durante o governo FSLN.

Ver também

Notas

  1. Ainda é considerado o lema tradicional dos Estados Unidos.

Referências

  1. History of 'In God We Trust' Arquivado em 7 de outubro de 2010, no Wayback Machine., United States Treasury.
  2. Congressional Record, 1956, p. 13917, via NonBeliever.org
  3. 50th Anniversary of Our National Motto, "In God We Trust," 2006, Proclamation Issued by President Bush, White House.
  4. Lynch v. Donnelly, 465 U.S. 668