É um dos postais ilustrados da região. Recortada por rochas, a praia fica mesmo em frente à ilha. Num monte sombranceiro ao mar existe um velho forte do século XVII. No Verão há visitas organizadas à ilha, que mantém os vestígios de uma velha muralha e de um porto romano. [1]
À época da Dinastia Filipina, projetou-se ampliar aquele ancoradouro natural com o objectivo de evitar que corsários o usassem como ponto de apoio naquele trecho do litoral. Um enrocamento artificial de pedras ligaria a ilha do Pessegueiro à linha costeira.
Os trabalhos no projecto do Pessegueiro foram interrompidos em 1598 diante da transferência do seu responsável para as obras do Forte de Vila Nova de Milfontes, jamais tendo sido completadas.
Origem do nome
O seu nome é de origem latina e provém da atividade piscatória nomeadamente de ser centro produtor de preparados de peixe na época romana, evoluindo a partir do termos piscatório (piscatorius) ou piscário (piscarium).[2]
A Lenda de Nossa Senhora da Queimada
A tradição refere o milagre de Nossa Senhora da Queimada. Em meados do século XVIII, chegando à ilha um grupo de piratas vindos do norte de África, estes foram enfrentados por um eremita que aí mantinha uma ermida sob a invocação de Virgem Maria. Assassinado o religioso e saqueada a capela, a imagem da Nossa Senhora foi atirada às chamas.
Após a retirada dos agressores, chegaram à ilha os habitantes de Porto Covo que, ao terem constatado os danos provocados, deram sepultura cristã ao eremita. Sem conseguir localizar a imagem mariana ali cultuada, deram-lhe busca por toda a ilha, terminando por localizá-la miraculosamente intacta no meio dos restos de uma moita queimada. Essa imagem foi recolhida em uma nova ermida, erguida para abrigá-la, no continente, a cerca de 1 km de distância: a Capela de Nossa Senhora da Queimada, local onde passou a ser venerada pela população.