A ilha de Noirmoutier (em francês: île de Noirmoutier, em bretão: Nermouster) é uma ilha de maré da França situada no Oceano Atlântico e pertencente ao departamento da Vendée. Desde 1971 está unida por estrada ao continente por meio de uma ponte, e também através da famosa Passage du Gois, uma via que fica submersa pelo mar duas vezes por dia. Tem 10 localidades e quatro comunas distintas. Tem cerca de 25 km de comprimento por largura entre um mínimo de 500 m e um máximo de 15 km, com uma área total de 4877 hectares (48,77 km²).[1] Tem cerca de 10000 habitantes[1]
A ilha de Noirmoutier é frequentemente denominada como ilha das mimosas (l'île aux mimosas) pela suavidade do seu clima, que permite o crescimento de mimosas, e que estas floresçam no inverno. A paisagem predominante na ilha é a de pântanos salubres e salinas, dunas e bosques de azinheiras.
Habitada desde a pré-história ininterruptamente até hoje, constitui actualmente um apreciado destino de turismo, tanto de França como do estrangeiro.
São Filiberto (conhecido como Filiberto de Jumièges, Filiberto de Noirmoutier ou Filiberto de Tournus, pelos dois mosteiros que fundou e pelo terceiro onde se depositaram as suas relíquias) chegou em 674 à ilha de Noirmoutier, a antiga ilha de Her ou de Hero, que já tinha sido habitada desde tempos imemoriais. São Filiberto fundou na ilha um mosteiro, que é a origem do posteriormente trasladado para Saint-Philbert-de-Grand-Lieu. A partir do mosteiro, São Filiberto organizou os trabalhos de recolha de sal, enquanto fomentava a construção de diques para protecção contra o mar, além de empreender a cristianização dos seus habitantes.[2]