Igreja Evangélica no Marrocos

Igreja Evangélica no Marrocos
Classificação	Protestante
Orientação	Igreja Reformada Continental
Associações	Comunhão Mundial das Igrejas Reformadas[1]
Área geográfica	Marrocos
Origem	1907 (117 anos)
Ramo de(o/a)	Igreja Reformada Francesa
Congregações	9 (2016)
Membros	2.500 (2016)[2]
Site oficial	egliseevangeliqueaumaroc.fr

A Igreja Evangélica no Marrocos - IEM - ( em francês: Église évangélique au Maroc ) é a maior e mais antiga denominação protestante do Marrocos.^[2][3][4]

A denominação ficou conhecida na década de 2000 e 2010 pelas expulsões de vários de seus pastores e missionários do país, acusados de incentivar a conversão de muçulmanos ao Cristianismo, o que é proibido pela lei do pais.^[5][6][7]

História

Precedentes

A partir de 1890, missionários escoceses estabeleceram missões protestantes em Marrakech , mas os cultos eram realizados em inglês. A Missão do Sul do Marrocos em Glasgow formou uma pequena comunidade em torno de um ambulatório de cuidados médicos para os marroquinos, especialmente para as mães marroquinas que estavam dando à luz e para as crianças serem vacinadas ou tratadas. O vice-cônsul inglês Alan Lennox e sua família que morava em Dar Tounsi fizeram parte dessa primeira comunidade protestante.

Estabelecimento

A Igreja Reformada Francesa estabeleceu-se no Marrocos em 1907. Em maio de 1908, pastores franceses vieram como capelães militares, para lançar as bases do que mais tarde se tornaria Igreja Evangélica Reformada Francesa. Por mais de 10 anos, os franceses se reuniram na Igreja Anglicana. O primeiro Templo foi construído em Casablanca em 1919. A partir dessa época, a organização da Igreja de Marrocos continuou com a criação de anexos das duas principais paróquias Casablanca e Fez.

Num segundo tempo, estas paróquias tornar-se-iam autónomas e permitiriam uma organização nacional. Essas comunidades eram as de Rabat, El Jadida, Marrakech, Safi, Kenitra, Tânger, Meknes, Oujda, Agadir.^[8][9][10]

Século XXI

Após a independência do Marrocos, a denominação perdeu muitos de seus membros, que se mudaram para a França. Todavia, a denominação viu novo crescimento a partir da chegada de protestantes da África subsariana,^[8][9] bem como a partir da conversão de muçulmanos ao Cristianismo.^[5][6][7]

Em 2006, era estimado que a denominação tinha 9 locais de culto^[11] e em 2016 a Central Intelligence Agency estimou que a denominação tinha 2.500 membros.^[2]

Relações intereclesiásticas

A denominação é membro da Comunhão Mundial das Igrejas Reformadas^[1] e da Conferência das Igrejas de Toda a África , Comunidade das Igrejas em Missão e Comunidade das Igrejas Protestantes de Língua Francesa.^[12]

Referências

1. «Lista de membros da Comunhão Mundial das Igrejas Reformadas». Consultado em 7 de junho de 2021. Cópia arquivada em 8 de agosto de 2012 
2. «Pesquisa Nacional de Inteligência». Central Intelligence Agency. 25 de outubro de 2016. Consultado em 22 de dezembro de 2022 
3. «Relatório Internacional sobre Liberdade Religiosa no Marrocos» (PDF). Departamento de Estado dos Estados Unidos: Escritório de Democracia, Direitos Humanos e Trabalho. 2014. Consultado em 22 de dezembro de 2022 
4. «Dossiê Sobre Liberdade Religiosa no Marrocos» (PDF). OpenDoors. 2014. Consultado em 22 de dezembro de 2022 ^{[ligação inativa]}
5. Solana Pyne (12 de março de 2010). «Marrocos expulsa evangelistas cristãos». The World. Consultado em 22 de dezembro de 2022 
6. «Marrocos expulsa pelo menos 20 trabalhadores da Christian Aid». VOA News. 10 de março de 2010. Consultado em 22 de dezembro de 2022 
7. Karima Rhanem (25 de janeiro de 2006). «Missionários evangélicos no Marrocos voltam a ser o centro das atenções». WWRN. Consultado em 22 de dezembro de 2022 
8. «Religião: esses subsaarianos que perturbam as Igrejas de Marrocos». Le Point. 30 de julho de 2015. Consultado em 7 de junho de 2021 
9. «No Marrocos, o evangelismo tem duas faces». Setembro de 2022. Consultado em 7 de junho de 2022 
10. «História da Igreja Evangélica do Marrocos». Setembro de 2022. Consultado em 7 de junho de 2022 
11. «Atlas» (PDF). p. 11. Consultado em 22 de dezembro de 2022 
12. «História da Igreja Protestante Unida da França». Consultado em 7 de junho de 2021