A Igreja Cristã Palmariana considera o Papa Paulo VI (a quem venera como mártir espiritual) e seus predecessores como verdadeiros papas, mas sustentam, com base em supostas aparições marianas, que o papa de Roma está excomungado e que a Santa Sé, desde 1978, foi transferida para o povoado andaluz de El Palmar de Troya.
A Igreja Cristã Palmariana teve quatro pontífices desde o seu estabelecimento, considerados antipapas pela Igreja Católica. O primeiro, Clemente Domínguez y Gómez (Gregório XVII), que se autodeclarou papa em 6 de agosto de 1978 e comandou a igreja até sua morte em 2005. O segundo, Manuel Corral (Pedro II), cofundador da Ordem dos Carmelitas da Santa Face, que sucedeu Domínguez em 2005 e liderou a igreja até sua morte em julho de 2011, e foi sucedido pelo te por Ginés de Jesús Hernández (Gregório XVIII) naquele mesmo ano, mas Hernández renunciou em 2016 para se casar com uma ex-freira palmariana. Ele foi sucedido por Markus Joseph Odermatt (Pedro III).
Ritual
A Igreja Palmariana não celebra a Missa Tridentina, instituída pelo Papa São Pio V, como a maioria dos grupos tradicionalistas católicos costuma fazer.[3] De acordo com uma série de historiadores, jornalistas e pesquisadores, no ano de 1983, Clemente inventou um novo ritual que se resume somente à consagração da hóstia e do vinho e à comunhão do celebrante e dos fiéis. Esta missa curta dura quase cinco minutos, e os sacerdotes palmarianos celebram atualmente doze missas de uma só vez no intervalo de uma hora, a este conjunto de "missas" palmarianas, dá-se o nome de Turno de Missas. Ainda segundo os referidos estudiosos e seus trabalhos, outra particularidade dessa Igreja é a da sua crença na presença real da Virgem Maria na Eucaristia.[4] Para os palmarianos, a Virgem está presente com Jesus Cristo na hóstia consagrada e deve, por isso, ser igualmente adorada no Santíssimo Sacramento do altar. Também cultuam o bezerro de ouro, imagem que está presente no trono papal do altar-mor da Basílica do Palmar de Troya.
Papas Palmarianos
Os seguidores do Palmar de Troya aceitam a sucessão convencional dos papas romanos até Paulo VI, mas rejeitam a sucessão ocorrida depois dele. Até 2016, nenhum dos sucessores de Gregório XVII foi eleito por um conclave, mas foram apontados diretamente por seus predecessores. O papa palmariano eleito é geralmente o Bispo Secretário de Estado da Igreja, segunda pessoa mais importante na hierarquia dessa religião.
A Igreja Palmariana reconhece todos os canonizados pela Igreja Católica até a morte de Paulo VI, em 6 de agosto de 1978. A partir de desta data, não reconhece nenhuma canonização nem beatificação realizada pela Igreja Católica Romana, pois começou a canonizar seus próprios santos. Como exemplos de santos palmarianos, podem-se destacar: