Ian Paisley (Armagh, 6 de abril de 1926 - Belfast, 12 de setembro de 2014) foi um líder religioso e ativista político norte-irlandês. Primeiro-ministro da Irlanda do Norte de 2005 a 2008, Paisley se dedicou a defender o Protestantismo e a união da Irlanda do Norte com o Reino Unido. Paisley ajudou a fundar o Partido Unionista Democrático (DUP), em 1971, e ficou membro do parlamento britânico em 1970, sendo assim o parlamentar norte-irlandês com mais tempo de atividade ininterrupta. Em 2005, o DUP de Paisley ultrapassou o Partido Unionista do Ulster, para se tornar o principal partido político da causa unionista na Irlanda do Norte.
Entre as décadas de 1960 e 1980, Paisley articulou grupos paramilitares de combate ao Exército Republicano Irlandês (IRA). Entre as organizações em que Paisley participou, constam Ulster Protestant Volunteers, Third Force e Ulster Resistance.
Paisley procurou combater a influência da Igreja Católica e da homossexualidade na Irlanda do Norte.[1]
Em 1988, quando o Papa João Paulo II foi fazer um discurso ao Parlamento Europeu, Ian Paisley, então líder do Partido Unionista Democrático e membro da Igreja Presbiteriana Livre de Ulster, gritou: "eu o denuncio como o anticristo!"[2] e levantou uma bandeira vermelha onde estava escrito "Papa João Paulo II ANTICRISTO". Os eurodeputados expulsaram-no da câmara.[3] O Papa continuou com seu discurso após Paisley ter sido expulso.[4][5]
No final dos anos 1970, Paisley lançou a campanha Salvem a Irlanda da Sodomia (Save Ulster from Sodomy), para impedir que a legalização de atos libidinosos homossexuais, conseguida na Câmara dos Comuns britânica por iniciativa de Leo Abse, se estendesse à Irlanda do Norte. Até os dias de hoje, o DUP continua a adotar uma postura de combate à homossexualidade.[6]
Referências