Hypna clytemnestra é uma borboletaneotropical da família Nymphalidae e subfamíliaCharaxinae, classificada por Pieter Cramer em 1777, ocorrendo do México até a Argentina e sendo a única espécie de seu gênero (gênero monotípico).[4] Vista por cima, apresenta um padrão geral de coloração marrom, com duas características manchas claras nas asas anteriores, que também ocupam a face ventral do inseto. Na parte de cima das asas anteriores também ocorrem de duas a três pequenas pontuações da mesma coloração clara, em fileira. Vista ventralmente, suas asas apresentam uma camuflagem críptica assemelhada a uma folha seca em decomposição, pontuada por algumas áreas dotadas de reflexos prateados. As bordas das asas posteriores são onduladas, ressaltando, em ambas, um prolongamento em forma de cauda claviforme.[5][6] Sua envergadura pode chegar a 7.5 centímetros.[7]
Os ovos são globulares e depositados individualmente sobre plantas do gênero Croton (Euphorbiaceae). As lagartas, quando plenamente desenvolvidas, apresentam coloração marrom pálida, com uma proeminente corcunda torácica e contendo tubérculos avermelhados ao longo das costas, a partir das quais cerdas longas e negras surgem.[9] A cabeça está repleta de pequenos tubérculos, que diminuem do quarto para o quinto estágio larval, assim como os tubérculos torácicos e abdominais. Neste momento, a larva repousa sobre o lado ventral da folha e assume a posição de "J" antes de construir a crisálida, que é inicialmente verde, escurecendo após 24 horas e desenvolvendo pilosidade prateada, em especial sobre a área das asas.[10]
Subespécies
Hypna clytemnestra possui oito subespécies descritas:[3]
Hypna clytemnestra clytemnestra - Descrita por Cramer em 1777, de exemplar do Suriname.
Hypna clytemnestra negra - Descrita por C. & R. Felder em 1862, de exemplar do Peru.
Hypna clytemnestra forbesi - Descrita por Godman & Salvin em 1884, de exemplar do Brasil.
Hypna clytemnestra huebneri - Descrita por Butler em 1866, de exemplar do Brasil.[6]
Hypna clytemnestra rufescens - Descrita por Butler em 1866, de exemplar da Venezuela.
Hypna clytemnestra mexicana - Descrita por Hall em 1917, de exemplar do México.
Hypna clytemnestra corymbaensis - Descrita por Talbot em 1928, de exemplar do Brasil.
Hypna clytemnestra iphigenia - Descrita por Herrich-Schäffer em 1862, de exemplar de Cuba.
Embora a coloração geral de H. clytemnestra seja de um marrom escurecido, as subespécies iphigenia[11] e mexicana[12] apresentam asas de um marrom mais claro.