A História da Suméria, onde se incluem os períodos pré-históricos do período de al-Ubaid e do período de Uruque, abrange por volta do quinto milênio a.C. até o terceiro milênio a.C., terminando com a queda da Terceira dinastia de Ur por volta de 2 004 a.C., seguido por um período de transição dos estados amorita antes do surgimento da Babilônia no século XVIII a.C.. O primeiro assentamento no sul da Mesopotâmia foi Eridu. Os Sumérios acreditavam que sua civilização foi trazida, totalmente formada, para a cidade de Eridu por seu Deus Enqui ou por seu conselheiro (ou Abgallu, de ab=água, gal=grande, lu=homem), Adapa U-an (chamado "Oannes" por Beroso). As primeiras pessoas que colonizaram Eridu trouxeram consigo a cultura Samarra do norte da Mesopotâmia e são identificados com o período de al-Ubaide, mas não se sabe até que pontos estes primeiros colonos eram sumérios (associados posteriormente com o período de Uruque. A Lista Real Sumeriana é antigo texto sumério em língua suméria, com escrita cuneiforme, listando os reis da Suméria e de dinastias estrangeiras. Algumas das dinastias mais antigas são descritas em termos míticos; e apenas alguns dos nomes antigos foram autenticados através da arqueologia. A dinastia mais bem conhecida, a de Lagaxe, não e citada.
Assentamentos urbanos permanentes durante todo o ano podem ter sido motivados por intensas práticas agrícolas. O trabalho exigido na manutenção dos canais de irrigação e o excedente resultante dos alimentos concentraram as populações. Os centros de Eridu e Uruque, duas das cidades mais antigas, tiveram complexos de templos sucessivamente mais elaborados construídos por tijolos de lama. Desenvolvendo-se a partir de pequenos santuários com os primeiros assentamentos, pelo período da I Pré-Dinastia, haviam se tornado o centro da maioria das estruturas se impondo em suas respectivas cidades, cada um dedicada a seu respectivo deus próprio. Do sul para o norte, o principais templos-cidades, seu complexo de templo principal, e os deuses a que serviam,[2] foram:
Historiadores até recentemente concordam que antes de 3 000 a.C. a vida política da cidade era dirigida por um sacerdote-rei (Ensi) assistido por um conselho de anciões[3] e era baseada nestes templos, mas alguns autores recentes tem afirmado que as cidades tiveram líderes seculares desde os tempos mais antigos. O desenvolvimento de um sofisticado sistema de administração levou a invenção da escrita de números por volta de 3 500 a.C. e a escrita ideográfica por volta de 3 000 a.C., a qual se desenvolveu na escrita logográfica por volta 2 600 a.C.
Período pré-dinástico
No possivelmente mítico período pré-dinástico[carece de fontes?], a Lista Real Sumeriana mostra a passagem de poder de Eridu para Xurupaque no sul, até que uma inundação ocorreu, de onde foi realocado para a cidade de Quis mais ao norte do início do período protodinástico. A hegemonia, que veio a ser conferida aos sacerdotes de Nipur, alternou-se entre várias dinastias competindo entre si, advindas das cidades-estado sumerianas tradicionalmente incluindo Quis, Uruque, Ur, Adabe e Akshak, bem como algumas além do sul da Mesopotâmia, como Awan, Hamazi, e Mari, até os acadianos, sob Sargão da Acádia, tomarem a área. Arqueólogos confirmaram a presença de uma ampla camada de depósitos de lodo fluvial, logo após a Oscilação de Piora, interrompendo a sequência de residência, que deixou alguns pés de sedimento amarelo nas cidades de Xurupaque e Uruque e estendeu-se ao norte até Quis. A cerâmica policromada característica do período Nasr Jemdet (3 100−2 900 a.C.), abaixo da camada de sedimento foi seguido por artefatos de período protodinástico I acima da camada de sedimentos.
Referências
↑Pollock, Susan (1999). Ancient Mesopotamia. The Eden that never was (em inglês). Cambridge: Cambridge University Press. p. 2. ISBN9780521575683
↑George, Andrew (1993), House Most High. The Temples of Ancient Mesopotamia (Winona Lake: Eisenbrauns)
↑Jacobsen, Thorkild (Ed) (1939),"The Sumerian King List" (Oriental Institute of the University of Chicago; Assyriological Studies, No. 11.)