O Reino Unido declarou guerra à Finlândia em 6 de dezembro de 1941, mas não participou do conflito ativamente. A Alemanha interveio mediante o envio de material de guerra vital e cooperação militar com os finlandeses. Os EUA não lutaram nem declararam guerra contra nenhum dos lados, mas deram à União Soviética ajuda massiva em vários níveis — oficialmente, no sentido de colaborar no esforço de guerra soviético contra a Alemanha.
A União Soviética não dá um nome específico para o conflito, pois oficialmente foi considerado apenas como mais uma das frentes da "Grande Guerra Patriótica" contra a Alemanha Nazi.[3] Da mesma forma, os alemães viram as suas operações na região como parte dos seus esforços durante a Segunda Guerra Mundial.
Início do conflito
Após um acordo acerca da movimentação de tropas e importação de munições, a Alemanha destacou um forte contingente da Wehrmacht no Norte da Finlândia, em preparação para a Operação Barbarossa (invasão da União Soviética).
No dia 25 de Junho de 1941, três dias após o início dos ataques alemães à União Soviética noutras frentes, meia dúzia de cidades e vilas finlandesas foram bombardeadas por forças aéreas soviéticas e, pouco depois, tropas finlandesas e alemãs invadiram o território soviético a partir da Finlândia.
No dia 9 de Junho de 1944, a União Soviética iniciou uma forte ofensiva e a Finlândia foi forçada a evacuar o Istmo da Carélia após poucas semanas. No entanto, tal ofensiva viria a ser detida nas principais frentes, tornando o custo de ocupar todo o país demasiado pesado para os soviéticos.
A 4 de Setembro entrou em vigor um cessar-fogo, que pôs fim às operações militares do lado finlandês. A URSS pôs fim às hostilidades 24 horas depois. A 19 de Setembro foi assinado em Moscovo o armistício entre a Finlândia e a União Soviética. Segundo as condições impostas pelo acordo, a Finlândia era obrigada a desmobilizar imediatamente o seu exército e a expulsar as tropas da Wehrmacht do seu território no prazo de 14 dias. Perante a recusa alemã em abandonar a Finlândia voluntariamente, os finlandeses iniciaram a Guerra da Lapónia contra os seus antigos aliados.
Além disso, a União Soviética recuperou as fronteiras de 1940, com a adição da área de Petsamo (ou Petchenga), atual Raion (distrito) de Pechengsky, na Rússia; a península de Porkkala (adjacente a Helsinki) foi cedida à USSR para servir como base naval durante cinquenta anos, com direitos de trânsito garantidos.
A Finlândia também teve que limpar os campos minados na Carélia e no Golfo da Finlândia. A retirada das minas foi uma longa operação, especialmente nas áreas marítimas, sendo concluída somente em 1952. 100 militares finlandeses — na maioria, lapões — morreram, e mais de 200 foram feridos durante esse processo.
Todavia, em contraste com os países da Europa Oriental envolvidos na Segunda Guerra Mundial, não houve ocupação soviética e a Finlândia manteve sua soberania. Tampouco os comunistas assumiram o poder, como nos países do Bloco Oriental. A Doutrina Paasikivi–Kekkonen foi a base da política externa finlandesa em relação à URSS, até a sua dissolução, em 1991,[carece de fontes?] e preconizava a estrita neutralidade internacional da Finlândia e relações amistosas com a URSS. Essa política foi assim chamada em alusão ao seu iniciador, o presidente Juho Kusti Paasikivi, e ao seu sucessor, Urho Kaleva Kekkonen.
↑Mäkelä, Essi (2010). «Historia». Finland : Republiken Finland (em sueco). Kuopio: Unipress. p. 9. 32 páginas. ISBN9789515793171
↑Magnusson, Thomas; Sjögren, Peter A. (2004). «Fortsättningskriget». Vad varje svensk bör veta (em sueco). Estocolmo: Albert Bonniers Förlag e Publisher Produktion AB. p. 22. 654 páginas. ISBN91-0-010680-1A referência emprega parâmetros obsoletos |coautor= (ajuda)
↑Grande Enciclopédia Soviética, Finlândia, Moscovo, 1974, ISBN 0-02-880010-9