Gor é o planeta fictício onde se passa a série de crônicas conhecidas como a Saga Goreana, Crônicas da Contraterra, Crônicas de Gor, entre vários outros nomes (dependendo da publicadora), de autoria de John Norman, pseudônimo do acadêmico americano John Frederick Lange, Jr, doutor em filosofia e mestre em artes. A série é inspirada principalmente pela série Barsoom de Edgar Rice Burroughs e pelo romance Almuric de Robert E. Howard, mas também é conhecido por seu conteúdo, que combina filosofia, literatura erótica e fantasia científica.
Na série, Gor é uma contraterra, um planeta habitável na mesma órbita que a Terra, porém linearmente oposto a ela, o que mantém sua existência secreta. Nele existe um mundo fantástico, dominado por uma fauna e flora alienígena com característica mitológica e civilizações humanas com vários paralelos a povos antigos, como os greco-romanos, os viquingues e os nativos americanos. Mas o tema mais marcante da série de Gor é a exploração da sexualidade nas sociedades goreanas, em que algumas mulheres, chamadas kajirae, são escravas e propriedade das pessoas chamadas de Livres. A figura feminina em Gor não se limita apenas à kajira; existem Mulheres Livres (Free Women), que possuem a liberdade de ir e vir como qualquer homem e podem selar uniões através de contratos. Embora seja uma figura menos explorada, também existem em Gor escravos homens de diferentes funções, dentre elas sexuais.
A série é uma das mais longas tanto na ficção científica como na fantasia, com mais de cinco décadas desde a publicação da primeira crônica. As 25 primeiras crônicas foram lançadas entre 1966 e 1988, porém a série ficou estagnada pelos treze anos seguintes devido a problemas de publicação, mas foi reestabelecida em 2001 e continua sendo publicada até hoje, com 9 crônicas adicionais, totalizando 34 que formam a série até o momento.
A série inspirou dois filmes, um de 1988 e outro de 1989, e criou um estilo de vida independente que se desenvolveu dentro e fora da internet.[1]