Floyd foi criado em Houston, Texas. Destacava-se no futebol americano, mas praticou outros esportes durante o ensino médio e faculdade.[7] Chamado de Perry por seus amigos e familiares, Floyd era considerado um "gigante gentil" ("a gentle giant").[8] Um trabalhador manual, Floyd também foi um dos primeiros contribuintes para o desenvolvimento do cenário do hip-hop em Houston e um mentor ativo em sua comunidade religiosa.[7][9] Floyd foi preso várias vezes por roubo e posse de drogas; em 2009, fez um acordo judicial por um assalto à mão armada, cumprindo quatro anos de prisão.[10]
Em 2014, mudou-se para Minneapolis, Minnesota, encontrando trabalho como caminhoneiro, segurança[11] e ator pornográfico.[12] Em 2020, perdeu o trabalho como segurança devido à pandemia de COVID-19.[13] Floyd morreu após ser preso, acusado de usar dinheiro falso para comprar cigarros; durante a prisão, Derek Chauvin, um policial branco, ajoelhou-se no pescoço e nas suas costas por oito minutos e 46 segundos. Sua morte e as ações dos policiais levaram a protestos em todo o mundo do movimento ativista antirracista Black Lives Matter, pedindo à reforma da polícia e a legislação para lidar com as desigualdades raciais.[14]
Biografia
Floyd nasceu em Fayetteville, Carolina do Norte, e foi criado em Houston, Texas.[7] Era considerado um "gigante gentil" ("a gentle giant"),[8] e, segundo as informações que constam em sua autópsia, tinha altura de 6,33 ft (1,93 m), pesava 223 lb (101 kg) e seu apelido era Floyd Perry.[15][16]
Floyd jogava nos times de basquetebol e futebol americano de sua escola, Yates High School,[7][8] e frequentou a faculdade South Florida Community College por dois anos, jogando no seu time de basquete,[17][18] depois se transferido para Texas A&M University–Kingsville, onde também jogou basquete, antes de desistir da faculdade.[19] Voltou para Houston onde se tornou um personalizador automotivo,[20] e se juntou ao grupo de hip hopScrewed Up Click.[21][22] Após uma condenação por assalto à mão armada em 2007, Floyd fez um acordo judicial em 2009 por cinco anos de prisão.[10][7] Depois de solto, passou a frequentar um ministério religioso local, a Resurrection Houston.[7][9]
Em 2014, mudou-se para o estado de Minnesota,[23] onde teve dois empregos – caminhoneiro e segurança.[7] Em 2017, gravou um vídeo em que solicitava às novas gerações, que pusessem fim à violência com recurso a armas.[24]
Em 2020, Floyd perdeu o emprego de segurança devido à pandemia de COVID-19.[13] Ele tinha cinco filhos, incluindo duas filhas em Houston, com idades de 22 e 6 anos, e um filho adulto em Bryan, Texas.[25][26]
Em 25 de maio de 2020, Floyd, suspeito de ter utilizado uma nota falsificada de US$ 20,00 para comprar um maço de cigarros, morreu em Minneapolis, Minnesota, depois que Derek Chauvin, um policial branco, pressionou o joelho no pescoço de Floyd por 8 minutos e 46 segundos, provocando a sua morte. Floyd foi algemado de bruços na rua, enquanto outros dois oficiais o contiveram ainda mais e um quarto impediu os espectadores de intervir.[27][28] Durante os três últimos minutos, a vítima ficou imóvel e não tinha pulsação, mas os policiais não fizeram nenhuma tentativa de revivê-lo. Chauvin manteve o joelho no pescoço de Floyd, mesmo quando técnicos médicos emergenciais tentavam tratá-lo. A autópsia oficial descobriu que a morte foi causada por parada cardíaca. Floyd era positivo para COVID-19 no momento de sua morte; estava sob efeito de fentanil e tinha metanfetamina em seu organismo. Uma segunda autópsia, encomendada pela família, descobriu que "as evidências são consistentes com a asfixia mecânica como causa" da morte, com a compressão do pescoço restringindo o fluxo sanguíneo para o cérebro e a compressão traseira restringindo a respiração.[29][30]
Em 4 de junho, um serviço memorial foi realizado em Minneapolis pelo reverendo Al Sharpton.[31]
Legado
A North Central University, em Minneapolis, anunciou uma bolsa de estudos com o nome de Floyd e conclamou outras faculdades e universidades a seguirem o exemplo.[32][33] O presidente da universidade, Scott Hagen, anunciou que em 4 de junho, o fundo da bolsa havia recebido US$ 53 000 em doações. [33]
A Alabama State University anunciou uma bolsa de estudos em homenagem a Floyd. Greg Gunn em resposta horas depois, pediu que outras faculdades e universidades historicamente negras seguissem o exemplo.[34]
Carreira na música
Floyd também era rapper,[35] e tinha o nome artístico de Big Floyd, tendo realizado trabalhos com o grupo texano de hip-hopScrewed Up Click.[36][37]
Em 2000, Floyd fez uma participação no álbum Block Party, lançado em dezembro daquele ano pelo Presidential Playas.[38] Fez também uma aparição no videoclipe da canção "F**k You Too" do rapperScarface com Z-Ro, lançado em 2015.[39]
↑SAMUELS, Robert; OLORUNNIPA, Toluse (2022). His Name Is George Floyd: One Man's Life and the Struggle for Racial Justice (em inglês). New York: Viking. p. 163. 432 páginas. ISBN9780593490617