Schelling abordou durante sua vida intelectual uma ampla variedade de temas, tais como as doutrinas da revelação e da mitologia, a crítica ao dualismo, a defesa de uma concepção dinâmica de natureza, além dos campos da estética e do diálogo anamnético. Essa busca o levou a construir, após investigações sobre filosofia transcendental e filosofia da natureza, um sistema que, entre 1801 e 1806, ficou conhecido como "filosofia da identidade", o qual foi criticado pelo seu ex-colega Hegel no prefácio de A Fenomenologia do Espírito (1807). O jovem Schelling buscou ir além do conceito kantiano de filosofia transcendental e desenvolveu seu próprio sistema, um mais inspirado em Kant e Fichte, outro aproximando-se de Spinoza e da filosofia da natureza. Em seu pensamento tardio, desenvolve ainda outras formas de se filosofar, como o sistema das Eras do Mundo a Filosofia Positiva.
Em um segundo momento, Schelling abandonou o projeto de identidade para se dedicar às obras Investigações Filosóficas sobre a Essência da Liberdade Humana (1809) e As Eras do mundo (1811-1815) onde investigou o rompimento inicial com o Absoluto. Esse projeto - também inacabado - influenciou profundamente a ontologia de Heidegger e, mais recentemente, o materialismo de Slavoj Žižek.[3]
Durante sua última abordagem filosófica, a Spätphilosophie (filosofia tardia), Schelling desenvolveu A Filosofia da mitologia presente, por exemplo, na Introdução histórico crítica à filosofia da mitologia (1842) e a Filosofia da revelação (1841-42) onde analisou a relação comum entre os conceitos religiosos, tais como o politeísmo e cristianismo.Essas reflexões não se mostram inéditas em seu pensamento, pois remetem aos estudos iniciais do filósofo em Tübingen[4] e também surgem nos cursos de Filosofia da Arte (1802-1805).[5][6] O diferencial é o novo quadro teórico com o qual aborda esses temas. Em suas últimas aulas, ele expôs um conceito de concretude da vida em oposição às abstrações dialéticas de seu ex-colega Hegel. Vários pensadores frequentaram essas aulas, tais como o filósofo Schopenhauer, o existencialistaKierkegaard, e o teórico anarquistaMikhail Bakunin, que se inspirou nas tendências materialistas de Schelling.
Biografia
Schelling nasceu no dia 27 de janeiro de 1775 em Leonberg em Baden-Württemberg, Alemanha.[7] Seu pai foi um pastor luterano, descrito pelo próprio filho como "um homem de estudos, um dos melhores discípulos de Michaelis de seu tempo". Foi com ele que Schelling aprendeu os idiomas árabe e hebraico.[8]
Ele cursou o ensino médio em Nürtingen, onde aprendeu latim e grego e foi colega do poeta Friedrich Hölderlin. Em outubro de 1790 entrou para o Stift, um seminário protestante da Universidade de Tubinga, onde novamente foi colega de Hölderlin e do futuro filósofo Hegel.[9] Na época do seminário, Hegel e Hölderlin tinham 27 anos, e Schelling, considerado precoce, 22.[10] Ele obteve seu diploma de filosofia em 2 anos de estudos com o ensaio Tentativa de explicação crítica e filosófica dos mais antigos filosofemas de Gênesis III sobre a origem primeira da maldade humana (1792).[9][11] Em conjunto com seus dois colegas, ele escreveu o texto O Mais Antigo Sistema do Idealismo Alemão (1795-1797).[12]
Influenciado por Fichte, com quem se reunira em 1794,[9] Schelling publicou a obra Sobre a Possibilidade de uma Forma da Filosofia em Geral em 1795. Ainda no mesmo ano ele escreveu uma dissertação teológica sobre o apóstolo Paulo de Tarso nomeada De Marcione Paullinarum epistolarum emendatore.[13] Em 1796 ele passou a lecionar na Universidade de Leipzig, onde continuou seus estudos sobre filosofia da natureza, já iniciados em seu seminário de Tübingen, e se aprofundou em matemática e medicina.[9] Com seus livros Ideias para uma filosofia da natureza (1797) e Sobre a alma do mundo (1798) ele conquistou admiração e amizade do escritor Goethe, que o indicou para a cátedra de filosofia na Universidade de Jena.[14] Em 1800 ele publicou O Sistema do idealismo transcendental, obra em que desenvolve uma filosofia teórica baseada na noção de épocas da consciência,[15][16] antecipando o trabalho hegeliano da Fenomenologia do espírito (1807). Ele também desenvolve, nesse texto, uma elaborada filosofia prática[17] com uma filosofia da história nos moldes kantianos e um esboço de filosofia a arte fortemente influenciada por, e influente no, primeiro romantismo alemão.[6][18]
Schelling mudou-se para Munique em 1806, cidade em que permaneceria durante 35 anos. Ele se tornou membro da Academia das Ciências e foi nomeado secretário-geral da então recém-fundada Academia das Artes Figurativas, interrompendo assim suas atividades como professor. Em 1809, ele publicou seu grande livro Investigações Filosóficas sobre a Essência da Liberdade Humana, poucos meses antes de Caroline morrer. A morte da esposa fez com que Schelling mergulhasse em uma profunda crise existencial. Em 1812 ele se casou com Pauline Gotter, com quem teve seis filhos. Dois de seus filhos, (Karl Friedrich August Schelling e Hermann von Schelling) publicariam futuramente as obras completas de seu pai.[9]
Durante seu período em Munique, Schelling foi duramente criticado pelo filósofo Friedrich Heinrich Jacobi. Em seu livro Das Coisas Divinas e sua revelação (1811), Jacobi atacou o pensamento schellingiano, acusando-o de restringir a liberdade humana, extinguindo as diferenças entre o bem e o mal. Schelling, contudo, procurou refutar as críticas evidenciando a compatibilidade entre liberdade e necessidade, o infinito e o finito.[20]
Schelling só voltaria a lecionar em 1820, estimulado por Franz Xaver von Baader e pela recente publicação do ensaio de Friedrich SchlegelSobre a Língua e a Sabedoria dos Indianos (1808). Outro fator decisivo para seu retorno à cátedra foi a crítica feita por Hegel ao seu pensamento, escrita no livro Prefácio à Fenomenologia do Espírito (1807). Em sua volta como professor, passou a lecionar para o então príncipe herdeiro Maximiliano II, futuro rei da Baviera.[21]
Schelling morreu de tuberculose no dia 20 de agosto de 1854 em Bad Ragaz, Suíça. Suas obras passaram a ser editadas e publicadas a partir do ano de 1856.[22]
Pensamento
A obra de Schelling é de difícil enquadramento histórico. Alguns historiadores reclamam da falta de unidade entre suas ideias, fato que torna Schelling inclassificável em um movimento ou escola. Embora as vezes seja enquadrado como um dos representantes do idealismo alemão, a obra de Schelling se difere das dos demais representantes do movimento,[23] rejeitando a ideia de Hegel de um sistema definitivo de conhecimento. Segundo Schelling a forma unitária de um sistema será sempre superada e ajustada em um sistema posterior, mas nenhum em definitivo.[24] Em resposta à filosofia transcendental de Kant, ele propôs uma correspondência entre a mente e a Natureza em que ambas se identificam progressivamente no Absoluto, o que permite um conhecimento real das coisas e a integração dos fenômenos e das coisas-em-si (noúmenos); ele foi inspirado por um certo panenteísmo dos pensamentos teológicos alemães de sua época, por exemplo os de Jakob Böhme, e influenciou a conciliação de idealismo e realismo na poesia e ciência de Goethe.[25][26]
A despeito da dificuldade de definição, Schelling define sua própria filosofia em três períodos distintos:[27]
A transição do método de Fichte para uma concepção mais objetiva da natureza, a chamada Naturphilosophie (filosofia da natureza).[28]
A formulação sistemática e definitiva da Naturphilosophie, e o avanço para Identitätsphilosophie (filosofia da identidade).[28]
Crítica à distinção entre filosofia negativa e filosofia positiva de Hegel, tema que foi desenvolvido durante suas aulas em Berlim.[28]
Naturphilosophie (Filosofia da natureza)
As obras Idéias para uma Filosofia da Natureza (1797), Da Alma do Mundo (1798) e Primeiro Esboço de Um Sistema da Filosofia da Natureza (1799) compõem a primeira fase de Schelling. Essas obras introduziram interpretações fundamentais da natureza que reverberam por meio das ciências naturais, sobretudo na biologia. Elas compuseram as doutrinas fundamentais da chamada Naturphilosophie.[29]
Filosofia da Natureza
A filosofia da natureza de Schelling tem como pressuposto a reintegração da unidade originária entre espírito e natureza, a qual teria sido rompida pelo racionalismo. De acordo com Schelling, o ato de ruptura deste estado inicial (ao qual chamou de “estado da natureza”) foi um ato de liberdade responsável pela instauração da contradição entre o ser humano e o mundo exterior. Ele aponta a incapacidade do dualismo cartesiano de considerar a presença de uma racionalidade no interior da própria natureza, bem como critica a crença numa razão meramente humana como algo capaz de abarcar a total subjetividade do saber, fundamentando-se no mecanicismo para tal.[30]
"A partir do momento que o ser humano coloca a si mesmo em oposição com o mundo exterior, é dado o primeiro passo para a filosofia. Com esta separação começa pela primeira vez a racionalização; a partir daí o ser humano separa aquilo que a natureza uniu para sempre, ele separa o objeto da intuição, os conceitos da imagem e, por fim, ele mesmo de si mesmo."[30]
Schelling também critica a teleologia do tipo "design" nesse período da filosofia da natureza, julgando-a incapaz de captar o que é mais próprio à natureza: a capacidade de dar fins a si própria, sem necessidade de um Autor externo a ela.[31] Retomando parcialmente o conceito de anima mundi de Plotino, Schelling chamou de “a alma do mundo” a unidade que move a natureza. Schelling baseou-se na concepção da identidade essencial da esfera real e ideal como duas visões diferentes de um mesmo Absoluto, fertilizada pelo estudo de Spinoza e Giordano Bruno. Essas ideias formam parte do conteúdo da assim chamada Filosofia de identidade. Schelling desenvolveu essa doutrina pela primeira vez no Zeitschrift für speculative Physik (1801), depois - misturado à teoria platônica das ideias - em seu estudo onde dialoga com Bruno e nas Palestras sobre o método de estudo academico (1802).[32]
Sobre a Alma do Mundo
Em Sobre aAlma do Mundo (1798) ele abordou a influência que a natureza teve sobre o projeto estético do romantismo alemão.[33] Schelling "naturaliza" a filosofia transcendental de Fichte, atribuindo à natureza uma atividade autogeradora oposta ao mecanicismo cartesiano e newtoniano. Para ele a natureza regula a ação de forças opostas que tenderiam à destruição mútua.[34]
"A natureza não é um mero produto de uma criação inconcebível, ela é, ao contrário, esta própria criação. Não é uma aparição ou revelação do eterno. Ela é, ao mesmo tempo, esse próprio eterno."[34]
Identitätsphilosophie (Filosofia da identidade)
A Identitätsphilosophie, conhecida como filosofia da identidade, nada mais é senão o aprofundamento sistemático da Naturphilosophie onde Schelling aborda o tema dualismo como uma unidade que representa dois lados ou polos da mesma realidade. Schelling trabalhou nessa sistematização no período entre 1801 e 1806.[35]
Schelling recorda que os seus primeiros escritos tinham expressamente como propósito uma mútua compenetração do realismo e do idealismo, e que o conceito fundamental de Espinosa, alcançou uma base viva, “em um modo superior de considerar a natureza (...), de que resultou a filosofia da natureza”,[35] que foi sempre considerada por ele, no tocante ao todo da filosofia, apenas como uma parte – a sua parte real –, “que só seria capaz de se elevar ao autêntico sistema racional quando complementada pela parte ideal, onde domina a liberdade”.[35]
Na chamada filosofia da identidade, Schelling desenvolve uma filosofia da arte sofisticada, integrando elementos da tradição platônica, seus estudos de filosofia da natureza e seu convívio com Círculo de Jena, ou seja, os românticos como Friedrich von Hardenberg (Novalis), Tieck, os irmãos Schlegel, Caroline Schlegel, Friedrich Schleiermacher, Wackenroder, entre outros. A filosofia da arte de Schelling é ancorada na filosofia da natureza e seus conceitos de produtividade, aconsciente, impulso formativo (proveniente do fisiólogo e médico Blumenbach), matéria (uma concepção dinâmica e idealista, irredutível ao materialismo convencional), entre outros[6]. O filósofo alemão revaloriza a mímesis como recriação a partir do intelecto artístico[6][36] e trabalha a poesia como forma mais originária de arte, oriunda da própria natureza.
O período em Berlim
Durante o período em que lecionou em Berlim Schelling chegou à conclusão de que nenhuma doutrina filosófica pôde arranhar a realidade, levando apenas a ilusão aos intelectuais, que se detiveram ao conhecimento meramente abstrato.[37] Em sua filosofia da revelação, ele afirma que a potência intermediária que conserva a consciência humana foi deduzida dos processos mitológicos. O que ele chama de “revelação” nada mais é do que a manifestação divina misturada de maneira indissolúvel com o fracasso do ser humano.[37]
De acordo com Schelling, se a mitologia for capturada em seu aspecto essencial e não é julgada à primeira vista como um conjunto de crenças antigas e ultrapassadas, ela conseguirá desvelar os sinais e formas em que a história humana é articulada.[38] Enquanto o pensamento lógico permanece incapaz de captar a particularidade e concretude da realidade que se torna, o mitológico permite um conhecimento mais apropriado dele. O mito, na verdade, é tautegórico, não alegórico, no sentido de que não deve ser explicado com base em supostas verdades, mas se expressa apenas como um nó particular de desenvolvimento da longa e significativa jornada da consciência humana.[39]
Mas enquanto a mitologia não vai além de uma concepção puramente naturalista de Deus, a filosofia do Apocalipse, possibilitada pela proclamação cristã, consegue elevar-se a um tipo de conhecimento sobrenatural. Para Schelling, a essência do cristianismo é dada por sua natureza intimamente histórica, expressa em particular na encarnação de Cristo. Nisto reside o imenso valor da religião cristã, cujo conteúdo fundamental não deve ser reduzido, como Hegel queria,[40] a um conjunto de preceitos morais ditados pela razão, dos quais a história humana de Jesus representaria apenas o envelope externo: “O conteúdo fundamental do cristianismo é precisamente o próprio Cristo, não o que Ele disse, mas o que Ele é, o que Ele fez. O cristianismo não é imediatamente uma doutrina, é uma realidade".[41]
Para Schelling, a partir da pura realidade da existência, de uma facticidade, que já é sempre antes da autoconsciência e antes da capacidade do pensamento de compreendê-la no conceito. Essa “imemorialidade” da origem é a “exuberância do ser” que nos provoca admiração, porque nos expõe ao Infinito que existe incondicionalmente e sem fundamento. E isso nos expõe à nossa própria finitude e mortalidade.[42]
A atenção do público foi poderosamente atraída por essas vagas sugestões de um novo sistema que prometia algo mais positivo, especialmente no tratamento da religião, do que os resultados aparentes dos ensinamentos de Hegel. O aparecimento de escritos críticos de David Friedrich Strauss, Ludwig Feuerbach e Bruno Bauer, e a evidente desunião na própria escola hegeliana, expressam uma crescente alienação da filosofia então dominante. Em Berlim, sede dos hegelianos, isso se expressou nas tentativas de obter oficialmente de Schelling um tratamento do novo sistema. A realização do desejo não ocorreu até 1841, quando a nomeação de Schelling como conselheiro particular da Prússia e membro da Academia de Berlim lhe deu o direito, um direito que ele foi solicitado a exercer, ministrando palestras na universidade de Berlin.[43] Entre os participantes de suas palestras estavam Søren Kierkegaard (Kierkegaard inicialmente parecia estar muito entusiasmado com Schelling, mas com o tempo ele foi se cansando e parou de fazer anotações. Em uma carta a seu irmão, de fevereiro de 1842, ele escreve, "Schelling fala as tolices mais insuportáveis. Estou velho demais para frequentar preleções, assim como Schelling está velho demais para dá-las.")[44]Mikhail Bakunin (que classificou as aulas como "interessantes, mas bastante insignificantes). Jacob Burckhardt, Alexander von Humboldt[45][46] (que nunca aceitaram a filosofia natural de Schelling),[47] e Friedrich Engels (que, como partidário de Hegel, se certificou de "proteger a sepultura do grande homem do abuso ").[48] A palestra de abertura do curso de Schelling foi ouvida por uma grande e entusiasmada audiência. A inimizade de seu antigo inimigo, HEG Paulus, aguçada pelo aparente sucesso de Schelling, levou à publicação clandestina de uma transcrição literal das palestras sobre a filosofia da revelação e, como Schelling não conseguiu obter condenação legal e a supressão dessa pirataria, em 1845, deixou de ministrar cursos públicos.[43]
Influência e Legado
Schelling foi importante no romantismo alemão e no pré-romântico Goethe, que anotou muitas vezes em seu diário ter lido Schelling e ficado impressionado com seus escritos.[49] Novalis (Friedrich von Hardenberg) (1772-1801) o cita muitas vezes. "Tanto Friedrich Wilhelm Joseph Schelling (1775-1854) quanto Novalis reconhecem a natureza como organismo dotado de inteligência própria, algo que remete ao neoplatonismo; porém, enquanto Schelling explorará bastante a ideia da natureza como produtividade, Hardenberg se aventurará na temática da natureza como livro a ser desvendado, sendo mais fiel a um pano de fundo teosófico".[50] Muitas vezes, Novalis polemiza com Schelling, por exemplo, sobre a questão do flogístico (com que este discorda e aquele concorda, sendo Schelling adepto do oxigênio para se explicar a combustão).[51] "Carl August Eschenmayer (1768-1852) é um importante filósofo da natureza romântico, interlocutor frequente de Schelling tanto em questões de filosofia da natureza quanto em temas de filosofia da religião".[51]
A influência de Schelling em Hegel é notável e, embora este não tenha sido tão original quanto aquele ou quanto Fichte, sem dúvida foi mais rigoroso metodologicamente que os dois e aprofundou na investigação do mundo social e da esfera lógica da realidade.
Durante décadas o pensamento de Schelling foi subestimado e ficou restrito a um pequeno grupo de estudiosos. Contudo, o interesse pela obra de Schelling foi crescendo paulatinamente e passou a ser estudado pela perspectiva de diversas áreas científicas e filosóficas, tais como a biologia,[29] o naturalismo, a estética, a epistemologia e a ontologia.[52]
O pensamento de Schelling ainda é estudado, embora sua reputação tenha variado ao longo do tempo. Seu trabalho impressionou o poeta e crítico romântico inglês Samuel Taylor Coleridge, que introduziu suas ideias na cultura de língua inglesa, às vezes sem pleno reconhecimento, como na Biographia Literaria. O trabalho crítico de Coleridge foi influente, e foi ele quem introduziu na literatura inglesa o conceito de inconsciente de Schelling. O Sistema de Idealismo Transcendental de Schelling foi visto como um precursor da Interpretação dos Sonhos (1899), de Sigmund Freud.[53]
Em relação à psicologia, Schelling foi considerado como tendo cunhado o termo "inconsciente". Slavoj Žižek escreveu dois livros tentando integrar a filosofia de Schelling, principalmente suas obras do período intermediário, incluindo Weltalter, com a obra de Jacques Lacan.[54][55] Em seu trabalho The Indivisible Remainder, Žižek confrontou Schelling com Hegel usando as ideias schellinganas para analisar assuntos contemporâneos, tais como as consequências de uma vida virtual na experiência sexual; o cinismo como a forma predominante de ideologia e os impasses epistemológicos da física quântica.[3]
A oposição e divisão em Deus e, portanto, o problema do mal em Deus enfrentado pelo Schelling tardio influenciaram o pensamento de Luigi Pareyson.[56][57][58]Ken Wilber coloca Schelling como um dos dois filósofos que "depois de Platão, tiveram o impacto mais amplo sobre a mente ocidental".[59]
Para Schelling, não é Deus que é rebaixado ao nível do homem, mas ao contrário, o homem que experimenta aquilo que o conduz e o expõe além de si mesmo; ele experimenta, segundo suas necessidades, graças às quais ele é determinado como o que é inteiramente outro (...) O homem: esse Outro que ele tem de ser enquanto tal, para que Deus possa revelar-se em geral graças a ele, se ele se revela."[60]
O impacto de todas as fases da filosofia de Schelling continua relevante.[61] Uma conferência internacional sobre Schelling foi realizada em 1954, ano do centenário de sua morte.[61] Vários filósofos fizeram apresentações onde discorreram sobre a singularidade e relevância do autor. Schelling foi o tema da dissertação de Jürgen Habermas, apresentada no mesmo ano.[62][63] Em 1955 Karl Jaspers publicou um livro intitulado de Schelling, onde o apresentava como o grande precursor do existencialismo.[63]
Walter Schulz, um dos organizadores da conferência de 1954, publicou um livro afirmando que Schelling havia abarcado todo o idealismo alemão com sua filosofia tardia, particularmente com suas palestras em Berlim na década de 1840. De acordo com Schulz, Schelling resolveu os problemas filosóficos que Hegel não finalizara.[63]
Estudioso de Schelling, o Teólogo Paul Tillich escreveu: "O que eu aprendi com Schelling tornou-se determinante do meu próprio desenvolvimento filosófico e teológico".[63]
Baseando-se na dialética especulativa, Schelling antecipou uma importante tese sobre a natureza da luz, a qual o Nobel de FísicaLouis de Broglie comprovou a validade apenas 150 anos mais tarde.[64]
Entre os titãs do idealismo alemão, constituído pela tríade Fichte, Hegel e Schelling, é sem dúvida este último que atualmente monopoliza a atenção do mundo culto, alternando-se os pronunciamentos sobre a importância decisiva de sua obra, não só parte dos filósofos propriamente ditos, como também por parte dos etnólogos e historiadores da religião.[66]
Rubens Rodrigues Filho foi um dos primeiros tradutores de Schelling para o português e a influência do alemão pode ser vista ao longo de seus ensaios.[67]
Bibliografia
1793 - Ueber Mythen, historische Sagen und Philosopheme der ältesten Welt (Sobre mitos, lendas históricas e temas filosóficos da antiguidade primeva)[68]
1795 - "Vom Ich als Prinzip der Philosophie" Sobre o eu como princípio da filosofia
1795-96 - "Philosophische Briefe Über Dogmatismus und Kriticismus" Cartas filosóficas sobre dogmatismo e criticismo
1796 - "Neue Deduktion des Naturrechts" Nova dedução do direito natural
1796-1798 - "Allgemeine Übersicht" Panorama geral
1795 - De Marcione Paulinarum epistolarum emendatore[69][70]
1797 - Ideen zu einer Philosophie der Natur als Einleitung in das Studium dieser Wissenschaft (Ideias para uma filosofia da natureza como introdução ao estudo dessa ciência)
1798 - Von der Weltseele (Sobre a alma do mundo)
1800 - System des Transzendentalen Idealismus (Sistema do idealismo transcendental)
1800 - Allgemeine Deduction des dynamischen Processes (Dedução geral do processo dinâmico)
1801 - Ueber den wahren Begriff der Naturphilosophie und die richtige Art ihre Probleme aufzulösen (Sobre o verdadeiro conceito de filosofia da natureza e o modo correto de resolver seus problemas)
1801 - Darstellung meines Systems der Philosophie (Apresentação do meu sistema de filosofia)
1802 - Bruno oder über das göttliche und natürliche Prinzip der Dinge (Bruno, ou sobre o princípio divino e natural das coisas)
1802-1803 - Vorlesungen über die Methode des akademischen Studiums (Lições sobre o método de estudo acadêmico)
1802-1805- Philosophie der Kunst (Nachlass) (Filosofia da arte - póstumo)
1804 - System der gesamten Philosophie und der Naturphilosophie insbesondere ('Nachlass') (Sistema do todo da filosofia e da filosofia da natureza em particular. Póstumo)
1809 - Philosophische Untersuchungen über das Wesen der menschlichen Freiheit und die damit zusammenhängenden Gegenstände (Investigações filosóficas sobre a essência da liberdade humana e os objetos a ela relacionados)
1810 - Clara. Oder über den Zusammenhang der Natur mit der Geisterwelt (Nachlass) (Clara. ou sobre a conexão entre a natureza e o mundo espiritual)
1811–15 - Weltalter (Eras do mundo)
1815 - Ueber die Gottheiten von Samothrake (Sobre as divindades da Samotrácia)
1830 - Darstellung des philosophischen Empirismus (Nachlass') (Apresentação do empirismo filosófico. Póstumo)
1833–4 - Zur Geschichte der neueren Philosophie (Para a história da filosofia mais recente)
1842 - Historisch-kritische Einleitung in der Philosophie der Mythologie (Introdução histórico-crítica à filosofia da mitologia)
1854 - Philosophie der Offenbarung (Filosofia da revelação)
↑The term absoluter Idealismus occurs for the first time in Schelling's Ideen zu einer Philosophie der Natur als Einleitung in das Studium dieser Wissenschaft (Ideas for a Philosophy of Nature: as Introduction to the Study of this Science), Vol. 1, P. Krüll, 1803 [1797], p. 80.
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↑Nel breve trattato Le divinità di Samotracia, ad esempio, pur considerato un saggio estraneo alla speculazione filosofica e di impronta prettamente filologica, Schelling mostra come le narrazioni di ordine mitico-simbolico possano essere, se opportunamente interpretate, una materia prolifica per il pensiero speculativo. Egli, infatti, nell'approfondire il significato concettuale delle divinità di Samotrácia (tracciando anche interessanti analogie con le più note divinità del pantheon greco-romano), anticipa la fondamentale idea per cui il mito non è soltanto una semplice narrazione fantastica, ma rappresenta invece un importante strumento per la comprensione dell'immaginazione come una delle forme fondamentali del relazionarsi alla realtà fenomenica (cfr. Paolo Bellini, F. W. J. Schelling, Le divinità di Samotracia, a cura di F. Sciacca, Il melangolo, Genova, 2009).
↑Nell'opera, inoltre, Schelling sembra accettare un'ipotesi molto in voga durante la fine del XVIII secolo, secondo cui, come sembravano rivelare numerose leggende mitiche, le più arcaiche evidenze scientifiche dell'antichità altro non fossero che le vestigia rimaste della scienza di un popolo più remoto, antichissimo e ormai completamente dimenticato (G. W. F. Hegel, Lectures on the Philosophy of Religion [english translation], p. 428). Il principale propugnatore di tale ipotesi era stato l'astronomo francese Jean Sylvain Bailly, che si era occupato soprattutto di studiare la mitologia cinese e indiana; Schelling sembra accettare le ipotesi di Bailly sebbene preferisca riferirsi più alla mitologia greca e alla Kabbala piuttosto che alle antiche leggende orientali (F. Schelling, Ueber die Gottheiten zu Samothrake, pp. 25-37).
↑Cfr. la concezione spiritualistica e astorica del cristianesimo formulata da Hegel, che emerge in particolare nelle sue Lezioni sulla filosofia della storia, 1837.
↑Friedrich Schelling, Filosofia della Rivelazione, trad. di Adriano Bausola, Bompiani, 2002, pag. 325.
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↑DURNER, M. 1994. “Editorischer Bericht”. In: SCHELLING, F. W. J. Friedrich Wilhelm Joseph Schelling Historisch-Kritische Ausgabe. Reihe I: Werke 5. Herausgegeben von Manfred Durner. Unter Mitwirkung von Walter Schieche. Stuttgart/Bad-Cannstatt: Frommann-Holzboog.
↑ASSUMPÇÃO, G. A.; "Poesia transcendental, contos de fadas e acesso aos segredos em Friedrich von Hardenberg (Novalis)". In: GUIMARÃES, B. A.; ASSUMPÇÃO, G. A.; OTTE, G. (orgs.) O Romantismo Alemão e seu legado. São Paulo: LiberArs, 2023, p. 45.
↑ abNovalis, (Friedrich von Hardenberg) (2023). O esboço geral (Das allgemeine Brouillon): Notas para uma enciclopédia romântica. São Paulo: Editora Dialética. p. 29. ISBN9786525297873
هذه المقالة يتيمة إذ تصل إليها مقالات أخرى قليلة جدًا. فضلًا، ساعد بإضافة وصلة إليها في مقالات متعلقة بها. (أغسطس 2018) هذه قائمة بأكبر المناطق الحضرية في جزر الهند الغربية، بناءً على التقديرات السكانية الرسمية اعتبارًا من منتصف 2015. لا يوجد في هافانا تعريف رسمي لمنطقتها الحضري
Kabupaten Yeoju Yeongneung Kuil Shilleuk Yeoju (여주시) adalah sebuah kota yang terletak di provinsi Gyeonggi, Korea Selatan. Kota ini dinaikkan statusnya dari sebuah kabupaten pada tanggal 23 September 2013.[1] Kota Yeoju terletak 80 km dari Seoul dan dialiri oleh Sungai Namhan yang di wilayah ini dinamakan Yeogang atau Sungai Yeo.[2] Sungai Yeo merupakan aliran terpenting di Yeoju yang digunakan untuk mengairi lahan pertanian dan sebagai jalur transportasi.[2] Kot...
This is the list of Asian Games records in shooting, current after the 2022 Asian Games. Men Pistol Event Score Athlete Nation Games Date 10 metre air pistol Qualification 590 Tan Zongliang China 2002 Busan 3 October 2002 Final 240.7 Saurabh Chaudhary India 2018 Jakarta–Palembang 21 August 2018 Team 1750 Tan ZongliangWang YifuXu Dan China 2002 Busan 3 October 2002 25 metre center fire pistol Individual 590 Jaspal Rana India 2006 Doha 8 December 2006 Team 1749 Kim Hyo...
Keuskupan Maldonado-Punta del EsteDioecesis Maldonadensis-Orientalis OraeKatolik Katedral St. FernandoLokasiNegara UruguayProvinsi gerejawiMontevideoStatistikLuas13.000 km2 (5.000 sq mi)Populasi- Total- Katolik(per 2004)180.000160,000 (88.9%)Paroki15InformasiDenominasiGereja KatolikRitusRitus RomaPendirian10 Januari 1966 (57 tahun lalu)KatedralCatedral de San FernandoKepemimpinan kiniPausFransiskusUskupMilton Luis Tróccoli CebedioEmeritusRodolfo Pedro ...
H.Rahmat SantosoS.H., M.H. Wakil Bupati Blitar ke-5PetahanaMulai menjabat 26 Februari 2021PresidenJoko WidodoGubernurKhofifah Indar ParawansaBupatiRini SyarifahPendahuluMarhaenis Urip Widodo Informasi pribadiLahir17 Mei 1978 (umur 45)Surabaya, Jawa TimurKebangsaanIndonesiaPartai politik PANSuami/istriVenina PuspasariAnak2Alma materUniversitas Merdeka Surabaya Universitas Hang TuahPekerjaanPengusaha, PolitikusSunting kotak info • L • B H. Rahmat Santoso, S...
سهيل كلداري معلومات شخصية الميلاد 8 يوليو 1977(1977-07-08)كراتشى، باكستان الإقامة دبي الجنسية إماراتي الحياة العملية التعلّم مدرسة سانت ادواردز مدرسة المواكب (دبي) جامعة بريتون (لندن) المهنة مدير مجموعة كلداري إخوان تعديل مصدري - تعديل سهيل عبد اللطيف كلداري (ولد 8 يولي...
Cet article est une ébauche concernant une actrice italienne. Vous pouvez partager vos connaissances en l’améliorant (comment ?) selon les conventions filmographiques. Margareth Madé Margareth Madé à Venise en 2009. Données clés Nom de naissance Margareth Tamara Maccarrone Naissance 22 juin 1982 (41 ans)Paternò (Italie) Nationalité Italienne Profession Actrice Films notables Baarìa modifier Margareth Madè et Francesco Scianna au Toronto International Film Festival de 20...
My Love My EnemyGenre Drama Roman Skenario Relita Mahdayani Yeri Hermanto Cerita Relita Mahdayani Yeri Hermanto SutradaraRizal BasriPemeran Megan Domani Farhan Rasyid El Manik Edy Oglek Nova Soraya Penggubah lagu tema Rayi Putra Astono Handoko Nino Kayam Lagu pembukaOrang yang Paling Kubenci — RANLagu penutupOrang yang Paling Kubenci — RANPenata musikWiwiex SoedarnoNegara asalIndonesiaBahasa asliBahasa IndonesiaJmlh. musim2Jmlh. episode30ProduksiProduser eksekutif Monika Rudijono He...
President of Nicaragua from 27 to 30 August 1910 In this Spanish name, the first or paternal surname is Mena and the second or maternal family name is Vado. This article is about the Nicaraguan politician. For other people, see Luis Mena (disambiguation). Luis MenaPresident of Nicaragua(Acting)In office27 August 1910 – 30 August 1910Preceded byJosé Dolores Estrada (Acting)Succeeded byJuan José Estrada (Acting) Personal detailsBornc. 1865Nandaime, NicaraguaDied20 May 1928 ...
Building in Victoria, AustraliaQueens PlaceApproved design of Queens PlaceGeneral informationStatus South Tower: Approved North Tower: Complete Location350 Queen Street, Melbourne, Victoria, AustraliaEstimated completion South Tower: TBA North Tower: 2021 Cost~A$1 billionHeightRoof South Tower: 251 m (823 ft)[1] North Tower: 252.8 m (829 ft)[1] Technical detailsFloor count South Tower: 79[1] North Tower: 79[1] Design and constructionArchitec...
Season of television series MTV RoadiesSeason 7Presented byRannvijay SinghBani JJudgesNikhil ChinappaCyrus SahukarNo. of contestants15WinnerAnwar SyedRunner-upZaid Bin Nazir Country of originIndiaNo. of episodes22ReleaseOriginal networkMTV IndiaOriginal release8 November 2009 (2009-11-08) –25 June 2010 (2010-06-25)Season chronology← PreviousSeason 6Next →Season 8 MTV Roadies 7 (advertised as ROADIES) is the seventh season of MTV Roadies, a popular weekly reality...
ブラジル出身のメジャーリーグベースボール選手一覧。太字は現役選手、その他は引退選手及びメジャーリーグ以外のリーグでプレーしている選手。同名の選手の場合は右に現役時代の主な守備位置、現役年数の順で示す。 目次 A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z G 選手名 (日本語) 選手名 初年度 最終年度 ルイス・ゴハラ Luiz Gohara 2017 2018 ヤン・ゴームズ Yan Gomes 2012...
Comunicação Tipos Social Massa Interpessoal Intrapessoal Verbal Não verbal Visual Audiovisual Segmentada Redes Ciberespacial Não violenta Meios Cartaz Cinema Correio Fanzine Internet Jornal Livro Outdoor Panfleto Podcast Banda desenhada Rádio Revista Televisão Vídeo Profissões Assessoria Design gráfico Editoração Jornalismo Produção audiovisual Produção cultural Produção editorial Publicidade Radialismo Relações públicas Roteiro Disciplinas Análise do discurso Análise de...
Type of wastewater treatment system with a fixed bed of rocks or similar This article needs additional citations for verification. Please help improve this article by adding citations to reliable sources. Unsourced material may be challenged and removed.Find sources: Trickling filter – news · newspapers · books · scholar · JSTOR (November 2013) (Learn how and when to remove this template message) A trickling filter plant in the United Kingdom: The effl...
Norwegian comedian and musician This article has multiple issues. Please help improve it or discuss these issues on the talk page. (Learn how and when to remove these template messages) This biography of a living person needs additional citations for verification. Please help by adding reliable sources. Contentious material about living persons that is unsourced or poorly sourced must be removed immediately from the article and its talk page, especially if potentially libelous.Find sources:...
Zhongshan, Chungshan, or Jhongshan (Chinese: 中山路) is a common name of Chinese roads, usually in honor of Sun Yat-sen, better known in Chinese as Sun Chungshan (Zhongshan), who is considered by many to be the Father of Modern China. In Chinese cities, Zhongshan Road is often one of a city's principal roads. As a result, the road is often very long and divided into numbered sections. In Guangzhou, the Zhongshan Road is separated into eight sections, identified as the First Zhongshan R...
Archaeological period, last part of the Stone Age NeolithicThe Neolithic is characterized by fixed human settlements. Reconstruction of Pre-Pottery Neolithic B housing in Aşıklı Höyük, modern Turkey.PeriodFinal period of Stone AgeDates8,000–4,500 BC (2,200 BC in Western Europe)Preceded byMesolithic, EpipalaeolithicFollowed byChalcolithic Part of a series onHuman historyand prehistory ↑ before Homo (Pliocene epoch) Prehistory Stone Age Lower Paleolithic HomoHomo erectus Mi...
United States diplomatic mission to Bahrain United States Embassy in ManamaLocation Zinj, Manama, BahrainAddressBuilding 979, Road 3119, Block 331Coordinates26°12′17″N 50°34′15″E / 26.20472°N 50.57083°E / 26.20472; 50.57083AmbassadorSteven C. BondyWebsitebh.usembassy.gov The Embassy of the United States to Bahrain is the diplomatic mission of the United States in Bahrain. The building is located in Zinj, a district of the capital, Manama.[1] The pos...
Metro station in New Delhi, India Shivaji Park Delhi Metro stationShivaji Park metro stationGeneral informationLocationRohtak Rd, Block S, Shivaji Park, Punjabi Bagh, New Delhi,110026Coordinates28°40′29.6″N 77°7′49.1″E / 28.674889°N 77.130306°E / 28.674889; 77.130306Owned byDelhi MetroLine(s)Green LinePlatformsSide platformPlatform-1 → Brigadier Hoshiyar SinghPlatform-2 → Inderlok / Kirti NagarTracks2ConstructionStructure typeElevatedPlatform levels2Par...