A Frente Patriótica Ruainga foi uma organização política sediada em Cox's Bazar, Bangladexe. A organização tinha um exército insurgente pequeno e mal armado de 70 combatentes,[1] ativos ao longo da fronteira Bangladesh-Mianmar e no norte de Arracão, Birmânia (atual Estado de Raquine, Mianmar). O objetivo da Frente Patriótica Ruainga era criar uma zona muçulmana autônoma para o povo ruainga (rohingya).[2]
Muhammad Jafar Habib, um graduado da Universidade de Rangoon e natural da cidade de Buthidaung, foi o líder da Frente Patriótica Ruainga.[1] Ele foi anteriormente o secretário do Partido de Libertação Ruainga (PLR).[3]
História
Em 26 de abril de 1964, a Frente de Independência Ruainga (FIR) foi estabelecida com o objetivo de criar uma zona muçulmana autônoma para o povo ruainga. O nome do grupo seria alterado para Exército da Independência Ruainga (EIR) em 1969 e, em seguida, para Frente Patriótica Ruainga (FPR) em 12 de setembro de 1973.[2] Em junho de 1974, a Frente Patriótica Ruainga foi reorganizada com Muhammad Jafar Habib como presidente autoproclamado, Nurul Islam, um advogado graduado em Rangoon, como vice-presidente, e Muhammad Yunus, um médico, como secretário-geral.[3]
Em 6 de fevereiro de 1978, a junta militar socialista do General Ne Win iniciou a Operação Nagamin (Operação Rei Dragão) no norte de Arracão (Estado de Rakhine), um dos objetivos era capturar os membros da Frente Patriótica Ruainga.[4] A operação criou desentendimentos dentro da Frente Patriótica Ruainga, fazendo com que a organização se dividisse em várias facções, muitas das quais se fundiriam mais tarde para se tornar a Organização de Solidariedade Ruainga (OSR) em 1982.[2] Em 1986, a Frente Patriótica Ruainga se fundiu com uma facção da Organização de Solidariedade Ruainga liderada pelo ex-vice-presidente da Frente Patriótica Ruainga, Nurul Islam, e se tornou a Frente Islâmica dos Ruaingas de Arracão (FIRA).[5][6]
Referências