Usou por Armas: escudo partido, a 1.ª Correia e a 2.ª de Herédia; timbre: Correia; coroa de Visconde.[2] Recebeu o nome do avô paterno, Francisco Correia de Herédia.[3]
Residente no Porto, casou em Lisboa, onde se encontrava hospedado, aos 19 anos, a 13 de novembro de 1871, na Igreja de São Domingos (Santa Justa), com D. Joana Isabel Gil Bórgia de Menezes e Macedo, também menor de idade, de 20 anos, natural e residente Portel e também hospedada em Lisboa, filha de D. Sebastião Gil Tojo Bórgia Menezes e Macedo e de D. Mariana da Assunção Gama Lobo Guião de Macedo. Foram testemunhas o 1.º Marquês de Ávila e Bolama, António José de Ávila, e o então presidente do Conselho de Ministros, Fontes Pereira de Melo.[3]
A primeira reunião desse comité foi realizada em 11 de julho de 1907, na residência do visconde. Teria aí nascido o plano do movimento revolucionário de 28 de janeiro de 1908, que tinha a finalidade de depor João Franco. Porém, foi abafado três dias depois, a 31 de janeiro. As armas do planeado 28 de janeiro foram compradas pessoalmente na Espingardaria Central, na Praça D. João da Câmara, Freguesia de Santa Justa, na Baixa de Lisboa, e guardadas pelo Visconde da Ribeira Brava.
Após o regicídio de D. Carlos I e do Príncipe Real, a 1 de Fevereiro de 1908, D. Francisco foi inicialmente acusado informalmente de o ter conspirado porque as armas que estava na sua posse foram parar às mãos dos regicidas, mas depois ilibado visto que as acusações não tinham mérito e a própria rainha D. Amélia o defendeu na corte.
Apesar dos seus ideais republicanos, o Visconde manteve sempre uma excelente relação com a corte real. Era um amigo próximo do rei D. Luís I, e por consequência do rei D. Carlos I e da rainha D.Amélia. Quando D.Manuel II foi exilado, Francisco foi um dos membros presentes na despedida do rei.
Após a proclamação da República, o Visconde entrou para o Partido Republicano Português, sob orientação de Afonso Costa, e deixou de usar o título nobiliárquico que possuía, por entender que não se encaixava nos seus ideais republicanos.[4] No partido desempenhou cargos de grande influência política na Madeira.
Perseguido pelo governo sidonista, foi morto num misterioso tiroteio, em Lisboa, a 16 de outubro de 1918, enquanto era transferido para outra prisão juntamente com outros presos políticos.
↑ ab"Nobreza de Portugal e do Brasil", Direcção de Afonso Eduardo Martins Zúquete, Editorial Enciclopédia, 2.ª Edição, Lisboa, 1989, Volume Terceiro, p. 214