Acredita-se que tenha sido construído ainda no contexto da Dinastia Filipina.[1]
No contexto da Guerra da Sucessão Espanhola (1702-1714) encontra-se referido como "O Reduto das Manadas." na relação "Fortificações nos Açores existentes em 1710".[2]
A "Relação" do marechal de campo Barão de Bastos em 1862 informa que "Tem uma pequena caza de guarda arruinada", e que se encontrava em grande ruína e abandonado desde longos anos.[3]
Posteriormente, quando do Tombo de 1883 sugere-se a sua recuperação devido à sua importância na área. A sua artilharia, entretanto, jazia no solo, imprestável.[4]
Em 1920 foi cedido à Guarda Fiscal: as suas muralhas encontravam-se em estado regular, mas a casa encontrava-se sem teto. No ano seguinte (1921), o pároco tentou, sem sucesso, adquirir o forte para o alargamento do acesso à Igreja de Santa Bárbara.[1]
Mais tarde, em 1931, a Câmara Municipal das Velas projetou aproveitar as suas ruínas para construir uma escola para o sexo masculino. Desse modo, no ano seguinte (1932) o imóvel do forte foi vendido aquela Câmara por 427$00 réis.[1]
Atualmente os seus muros encontram-se em bom estado, e o seu espaço requalificado como miradouro.
Características
Do tipo abaluartado, de pequenas dimensões, apresentava quatro faces onde se rasgavam três canhoneiras nos lados voltados para o mar.
BASTOS, Barão de. "Relação dos fortes, Castellos e outros pontos fortificados que se achão ao prezente inteiramente abandonados, e que nenhuma utilidade tem para a defeza do Pais, com declaração d'aquelles que se podem desde ja desprezar." in Boletim do Instituto Histórico da Ilha Terceira, vol. LV, 1997. p. 267-271.
CASTELO BRANCO, António do Couto de; FERRÃO, António de Novais. "Memorias militares, pertencentes ao serviço da guerra assim terrestre como maritima, em que se contém as obrigações dos officiaes de infantaria, cavallaria, artilharia e engenheiros; insignias que lhe tocam trazer; a fórma de compôr e conservar o campo; o modo de expugnar e defender as praças, etc.". Amesterdão, 1719. 358 p. (tomo I p. 300-306) in Arquivo dos Açores, vol. IV (ed. fac-similada de 1882). Ponta Delgada (Açores): Universidade dos Açores, 1981. p. 178-181.
CYMBRON, José Carlos M., "A situação actual do património histórico-militar dos Açores", in Boletim do Instituto Histórico da Ilha Terceira, vol. XLIX, 1991, pp. 529–536.
NEVES, Carlos; CARVALHO, Filipe; MATOS, Artur Teodoro de (coord.). "Documentação Sobre as Fortificações Dos Açores Existentes dos Arquivos de Lisboa – Catálogo". in Boletim do Instituto Histórico da Ilha Terceira, vol. L, 1992.
PEGO, Damião. "Tombos dos Fortes das Ilhas do Faial, São Jorge e Graciosa (Direcção dos Serviços de Engenharia do Exército)". in Boletim do Instituto Histórico da Ilha Terceira, vol. LVI, 1998.
PEREIRA, António dos Santos. A Ilha de São Jorge (séculos XV-XVIII): contribuição para o seu estudo. Ponta Delgada (Açores): Universidade dos Açores, 1987. 628p. mapas, tabelas, gráficos.
VIEIRA, Alberto. "Da poliorcética à fortificação nos Açores: Introdução ao estudo do sistema defensivo nos Açores nos séculos XVI-XIX". in Boletim do Instituto Histórico da Ilha Terceira, vol. XLV, tomo II, 1987.