A Floresta Carbonária (em latim: Carbonaria silva, em francês: Forêt Charbonnière) é uma antiga floresta do norte de França e do oeste da Bélgica.
Etimologia
O nome desta floresta provavelmente vem do fato de que ela era uma grande fonte de carvão vegetal[1].
No século XVI, Belleforest, em sua Cosmografia universal (livro II, p. 414) acreditava que o nome de Charbonnière foi uma alteração de Cambronière, derivado do nome de Cambron, o chefe dos Cimbros, ou talvez dos próprios Cimbros, um povo vindo da Jutlândia (península do Norte da Alemanha e a parte continental da Dinamarca) e que de acordo com Plínio, o Velho seria espalhada na Europa, incluindo o atuais territórios da Bélgica e o norte da França. A Floresta Carbonária seria a floresta dos Cimbros.
A primeira menção explícita da Floresta Carbonária é encontrada na lei sálica (século IV), em que é mencionado que ela constituía a fronteira dos Francos sálios ao nordeste[5].
Ela é citada em vários livros entre os séculos IV e X[6]. Durante a segunda metade do século V, serviu como fronteira entre os dois reinos francos, o dos Francos sálios e o dos Francos ripuários[7]. Ela fazia então o ofício de fronteira entre a Nêustria e a Austrásia[8].
Godefroid Kurth fez a hipótese de que a Floresta Carbonária (assim como a floresta da Ardena) teria parado a imigração franca e seria portanto a origem da demarcação da fronteira linguística na Bélgica, mas se sabe hoje que esta floresta tinha um traçado norte-sul e não leste-oeste[10].
Referências
↑Ugo Janssens, Ces Belges, « les Plus Braves », Histoire de la Belgique gauloise, 2007, Racine, p. 119.