Flamingo é uma ave pertencente à família Phoenicopteridae da ordem Phoenicopteriformes. Anteriormente pertencia a ordem Ciconiiformes. Tradicionalmente todas as espécies eram incluídas no género Phoenicopteruss, mas actualmente o flamingo-andino e o flamingo-de-james são considerados um gênero à parte, Phoenicoparrus, por causa de certas diferenças no bico, e o flamingo-pequeno também foi incluído no seu próprio género, Phoeniconaias.[1]
Morfologia
Os flamingos são aves pernaltas, de bico encurvado, que medem entre 90 e 150 cm. Sua coloração vem da alimentação rica em carotenos, que são pigmentos que eles conseguem através de algas e camarões, por exemplo.[2]
Ecologia e biologia
Os flamingos são aves gregárias, que vivem em bandos numerosos junto a zonas aquáticas. Algumas espécies conseguem inclusivamente habitar zonas de salinidade extrema, como os lagos africanos do Vale do Rift. É a ave nacional das Bahamas.
Em Portugal
Em Portugal é uma ave comum no Inverno nas zonas húmidas litorais desde o estuário do Tejo até ao Algarve. Só foram registadas tentativas de nidificação, em 2010, e, antes disso, na década de 1980, ambas na região algarvia, mas sem sucesso.
Em 2021, pela primeira vez, existem duas colónias de flamingos a nidificar em duas áreas protegidas sob a gestão do ICNF, onde se estima um valor considerável de ninhos nas duas colónias
A população de flamingos tem vindo a aumentar no país, mesmo em zonas húmidas onde antes era pouco observada. No entanto, a espécie continuava sem nidificar em Portugal, por razões científicas desconhecidas.
A diminuição da actividade humana devida às restrições impostas pela pandemia de covid-19, aliada ao aumento das áreas de alimentação e repouso da espécie em Portugal – constatada por vigilantes da natureza e técnicos do Centro de Estudos de Migrações e Protecção de Aves do ICNF –, podem ter contribuído para facilitar a sua reprodução[3].
↑Hill, G. E.; Montgomerie, R.; Inouye, C. Y.; Dale, J. (Junho de 1994). «Influence of Dietary Carotenoids on Plasma and Plumage Colour in the House Finch: Intra- and Intersexual Variation». British Ecological Society. Functional Ecology. 8 (3): 343–350. JSTOR2389827. doi:10.2307/2389827