Expo '70 (日本万国博覧会,Nihon bankoku hakuran-kai?) foi uma feira mundial que aconteceu em Osaka, Japão entre 15 de março e 13 de setembro de 1970. O tema da Expo foi "Progresso e Harmonia para a Humanidade". A Expo é chamada pelos japoneses de Ōsaka Banpaku (大阪万博). Foi a primeira feira mundial realizada no Japão.
O arquiteto principal da Expo foi o japonês Kenzo Tange, auxiliado por mais 12 arquitetos.
Início
Osaka foi escolhida em 1965 para sediar a Expo. 330 hectares nas Colinas de Senri, nos arredores de Osaka foram escolhidos e uma comissão temática sob a liderança de Seiji Kaya foi formada. Kenzo Tange e Uzo Nishiyama foram eleitos os produtores da Expo. Dentre os 12 arquitetos escolhidos para auxiliarem Kenzo estavam: Arata Isozaki para a instalação mecânica, elétrica e eletrônica da Praça dos Festivais e Kiyonori Kikutake para a Torre.[1]
Plano principal
Dois princípios principais formaram a ideia principal da exposição. O primeiro foi a ideia de que a sabedoria de todos os povos do mundo viria para o mesmo lugar, estimular novas ideias; a segunda é que seria menos uma "exposição" e mais um "festival". Os projetistas pensaram que, como em outras exposições, deveriam produzir um festival central, unificador que auxiliaria as pessoas a se socializarem. Chamaram esta área de Zona Símbolo e a cobriram, bem como aos pavilhões, com um teto espacial gigante.[2]
Os projetistas gostaram da ideia da Grande Exposição, e criaram um teto da Zona Símbolo que poderia unificar a entidade da Expo. Eles não queriam fazer o mesmo espaço contendo toda a exposição, daí tiveram a ideia da construção dos pavilhões e aí sim, cobrir todos os pavilhões sob o mesmo teto. Os pavilhões nacionais seriam como flores e precisariam estar conectadas a uma via principal e a Zona Símbolo seria o caule, por onde os pedestres andariam. Estes elementos foram reforçados por muitas cores, com o caule em branco e os pavilhões em suas próprias cores, determinados pelo arquiteto nacional.[3]
Pavilhões maiores
Setenta e sete países participaram da Expo, que obteve recorde de visitantes 64.218.770) que só foi superado pela Expo 2010 em Xangai.
O Pavilhão do Canadá, projetado pelo arquiteto Arthur Erickson mostrava duas produções: The Land, uma visão do Canadá, de costa a costa, filmado em sua maior parte, por um avião em voos rasantes,[4] e o curta de animação The City, dirigido por Kaj Pindal.[5][6] O artista e arquiteto Melvin Charney boloou um design diferente para o pavilhão canadense, com guindastes e andaimes, mas o projeto foi rejeitado.[7]
O Pavilhão da Alemanha Oriental, projetado por Fritz Bornemann, apresentou ao mundo a primeira sala de concertos em formato esférico, baseada nos conceitos artísticos de Karlheinz Stockhausen. O tema do pavilhão foi "jardins de música", onde Bornemann "plantou" as salas de exibição com o auditório conectado "crescendo" pelo chão. Dentro, o público foi surpreendido por 50 grupos de falantes em sete anéis em diferentes latitudes, ao redor de paredes esféricas interiores. O som era enviado para o espaço em três dimensões usando um controlador esférico desenhado por Fritz Winckel ou um rotatório de dez canais construído por um desenho de Stockhausen.[8] Obras de Johann Sebastian Bach, Ludwig van Beethoven, Bernd Alois Zimmermann, e Boris Blacher eram tocadas em uma fita multi-faixas. No curso da exposição, 19 artistas se apresentaram para mais de 1 milhão de visitantes.[9] "Muitos visitantes sentiram que o auditório esférico era um oásis de calma no meio da confusão, e tornou-se uma das principais atrações da Expo 70".[10]
O Pavilhão Soviético era o mais alto de todos, com um design em vermelho e branco, projetado pelo arquiteto soviético Mikhail V. Posokhin.[11]
O local da Expo 70 hoje é o Parque de Comemoração da Expo. Quase todos os pavilhões foram demolidos, mas alguns poucos permanecem intactos, incluindo parte do teto da Praça de Festivais e a Torre do Sol.
Ainda existe uma cápsula do tempo, que deverá ser aberta em 5.000 anos, no ano 6.970. A cápsula foi doada pela Matsushita Electric Industrial Co..
Föllmer, Golo (1996). "Osaka: Technik für das Kugelauditorium." In Musik…, verwandelt. Das Elektronische Studio der TU Berlin 1953–1995, edited by Frank Gertich, Julia Gerlach, and Golo Föllmer, 195–211. Hofheim: Wolke-Verlag. ISBN 3-923997-68-X
Kurtz, Michael (1992). Stockhausen: A Biography, translated by Richard Toop. London and Boston: Faber and Faber. ISBN 0-571-14323-7 (cloth) ISBN 0-571-17146-X (pbk)
Wörner, Karl Heinz (1973). Stockhausen: Life and Work. Translated by Bill Hopkins. Berkeley: University of California Press.