Com a definição do termo "banto" em 1862, o Dr. Wilhelm Bleek avançou a hipótese do enorme número de línguas com características comuns terem tido origem numa única língua.
Existem duas teorias básicas sobre a origem dos bantu: a primeira, de Joseph Greenberg (1963), indicava que um grupo de línguas do sueste da Nigéria era o mais próximo das restantes línguas bantu e ele propôs que uma dessas línguas se teria espalhado para sul e leste, ao longo de centenas de anos.
Malcolm Guthrie analisou várias línguas bantu e concluiu que as mais estereotípicas eram as da Zâmbia e sul da actual República Democrática do Congo, propondo teoria alternativa de ser esta região a originária dos bantu. Esta teoria é apoiada por fontes norte-africanas e do Médio Oriente que não falam da existência de bantus a norte de Moçambique antes do ano 1000.
Hoje em dia, é mais aceite uma síntese daquelas duas teorias: os bantu teriam tido origem na região dos rios Benue-Cross, no sueste da Nigéria e teriam emigrado primeiro para a região onde se encontra hoje a Zâmbia. Por volta do segundo milénio a.C., provavelmente impelidos pela desertificação do Saara, e pela consequente pressão dos saarauis emigrando para aquela região, eles foram forçados a espalhar-se pelas florestas tropicais da África central (fase I). Cerca de 1000 anos mais tarde, eles iniciaram uma segunda fase mais rápida de expansão para as savanas da África austral e oriental.
Durante o primeiro milénio d.C., apareceram na região onde hoje é a Zâmbia novas técnicas agrícolas e novas plantas, provavelmente importadas do Sueste asiático através de Madagascar. Estas novas técnicas possibilitaram uma nova expansão bantu centrada nesta região (fase III).