Esta interface no limite sulsudoeste da malha urbana de Oliveira do Bairro, com acesso pelo Largo da Estação e distando menos de um quilómetro do centro da localidade (quartel), em declive apreciável.[3]
Infraestrutura
Esta interface apresenta três vias de circulação, numeradas de I a III, com comprimentos de 584, 705, e 594 m, respetivamente, e acessíveis por plataformas com 231 m de extensão e 50 cm de altura.[2] O edifício de passageiros situa-se do lado nordeste da via (lado direito do sentido ascendente, a Campanhã).[4][5]
Em 1870, a autarquia alertou o governador civil para a necessidade de construir uma estrada entre a estação e a localidade de Palhaça, passando por Malhapão e Pedreira.[8] Em 1879, a autarquia enviou uma representação ao governo, para pedir que os comboios correios tivessem paragem na estação de Oliveira do Bairro.[9]
Século XX
Em 1 de Fevereiro de 1903, a Gazeta dos Caminhos de Ferro noticiou que a Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses tinha ordenado a instalação de semáforos no sistema Barbosa na estação de Oliveira do Bairro.[10] Em 1913, existiam serviços de diligências entre a estação e a vila de Oliveira do Bairro, Silveiro, Perrães, Piedade, Recardães e Águeda.[11]
Em 1926, foi aprovado um projecto da Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses para a ampliação desta estação, de forma a acomodar a duplicação da linha, então em construção entre Mogofores e Aveiro.[12] Em finais de 1927, dois comboios de mercadorias colidiram no interior da estação, causando dois mortos e um dezena de feridos, e grandes estragos materiais.[13] Em Dezembro de 1928, já tinha sido concluída a duplicação da linha entre Mogofores e Oliveira do Bairro, e já se tinham iniciado as obras do seu prolongamento até Aveiro.[14]
Movimento de mercadorias
Uma das principais exportações foi cerâmica, fabricada numa unidade industrial junto à estação,[8] e a cal, produzida nos fornos de Vale Salgueiro, e destinada a Estarreja, Esmoriz, Ovar, Carvalhos, Porto e Águeda, entre outros pontos.[15] Entre as importações, destacava-se o gado para as feiras.[16]
Século XX
Em Janeiro de 2011, a estação apresentava três vias de circulação, com 605 e 717 m de comprimento; as plataformas tinham todas 231 m de extensão de 55 cm de altura[17] — valores mais tarde[quando?] alterados para os atuais.[2]
↑«Linhas Portuguezas»(PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 16 (363). 1 de Fevereiro de 1903. p. 43-44. Consultado em 1 de Abril de 2014
↑«Serviço de Diligencias». Guia official dos caminhos de ferro de Portugal. 39 (168). Outubro de 1913. p. 152-155. Consultado em 8 de Fevereiro de 2018
↑«Linhas Portuguesas»(PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 39 (935). Lisboa. 1 de Dezembro de 1926. p. 356. Consultado em 1 de Abril de 2014
↑«Efemérides»(PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 51 (1235). 1 de Junho de 1939. p. 281-284. Consultado em 1 de Abril de 2014
↑«Efemérides»(PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 51 (1236). 16 de Junho de 1939. p. 299-300. Consultado em 1 de Abril de 2014