A estação situava-se a cerca de 10 km da localidade de Miranda do Douro.[1] O edifício foi construído no estilo tradicional português.[2]
A estação está decorada com painéis de azulejos da autoria de Gilberto, produzidos na fábrica lisboeta Sant’Anna, ilustrando cenas de época do quotidiano transmontano.[3]
Em 1899, a comissão técnica que foi encarregada de estudar o plano das linhas complementares ao Norte do Mondego propôs uma linha de via larga a partir do Pocinho até Miranda do Douro,[4] que servissse as minas de ferro de Reboredo e as pedreiras de mármore e alabastro de Santo Adrião em Vimioso, seguindo depois até à fronteira para uma posterior ligação por Zamora e Valladolid.[1] Esta linha foi uma das expostas no inquérito administrativo que se seguiu, para a apreciação do público sobre os projectos ferroviários dos Planos das Redes Complementares ao Norte do Mondego e Sul do Tejo.[5]
Esta linha foi classificada parcialmente em via métrica pelo plano ferroviário, decretado em 15 de Fevereiro de 1900, e a sua construção foi aprovada em 1905.[1]
Na reunião do Conselho de Ministros de 10 de Janeiro de 1934, foi aprovada a minuta do contrato para a empreitada n.º 3 da Linha do Sabor, correspondente ao troço de Urrós e Duas Igrejas, devendo esta estação ficar desde logo com acesso rodoviário e ligação telefónica.[6]
Um diploma publicado no Diário do Governo n.º 159, 2.ª Série, de 12 de Julho de 1938 autorizou a expropriação de um terreno, para a instalação de um caminho de acesso à estação de Duas Igrejas.[8]
Continuação projectada
No Plano Geral da Rede Ferroviária, publicado pelo Decreto n.º 18:190, de 28 de Março de 1930, retomou a intenção de continuar a Linha do Sabor além de Duas Igrejas até Vimioso, para servir as pedreiras.[9] Foram delineados dois percursos para este lanço, um pelo Vale de São Pedro da Silva, e outro passando junto a Miranda do Douro, Malhadas e Caçarelhos.[1]
↑«Há 50 anos»(PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 60 (1462). 16 de Novembro de 1948. p. 632. Consultado em 12 de Fevereiro de 2014 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
↑«Há 50 anos»(PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 61 (1466). 16 de Janeiro de 1949. p. 112. Consultado em 12 de Fevereiro de 2015 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
↑«Linhas do Estado»(PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 47 (1107). 1 de Fevereiro de 1934. p. 76. Consultado em 12 de Fevereiro de 2015 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
↑«Parte Oficial»(PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 50 (1215). 1 de Agosto de 1938. p. 371-374. Consultado em 12 de Fevereiro de 2015 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
REIS, Francisco; GOMES, Rosa; GOMES, Gilberto; et al. (2006). Os Caminhos de Ferro Portugueses 1856-2006. Lisboa: CP-Comboios de Portugal e Público-Comunicação Social S. A. 238 páginas. ISBN989-619-078-X