Uma espécie bandeira é uma espécie, geralmente um animalvertebrado, escolhida para representar uma causa ambiental, que pode ser desde a conservação da própria ou até a conservação de seu ecossistema inteiro. Essas espécies tornam-se então embaixadoras da causa, sendo consideradas ícones ou símbolos de uma determinada campanha de defesa ambiental.[2]
As espécies são escolhidas pela sua vulnerabilidade, atratividade e principalmente pelo seu carisma junto ao público, de forma a conseguir apoio e conhecimento de grande parte da população, engajando-a na conservação do meio ambiente.
Assim, o conceito de espécie bandeira se sustenta em que, trazendo à população devida atenção à situação de perigo de determinada espécie mais carismática, todo seu ecossistema e demais espécies menos empáticas (mas nem por isso menos importantes ou vulneráveis) do mesmo têm mais chances de serem preservadas.[2]
Metodologia de escolha
A escolha da espécie bandeira não segue uma metodologia pré-estabelecida, entretanto, estudos conduzidos na Suíça demonstraram que a população leva em conta três fatores básicos para a definição de sua preferência por determinadas espécies: a aparência, o conhecimento prévio de sua existência e o conhecimento prévio sobre a sua vulnerabilidade ou importância ecológica. As espécies mais carismáticas, segundo esse estudo, são as borboletas, seguidas pelas aves e pelos grandes mamíferos.[3]
No Brasil
No Brasil, a principal espécie bandeira é o Mico-Leão Dourado(Leontopithecus rosalia), que representa a conservação do bioma Mata Atlântica. Também podem ser consideradas espécies bandeira a Onça-Pintada(Panthera onca), representando diversas fitofisionomias brasileiras (Mata Atlântica, Floresta Amazônica, Cerrado, Pantanal); O Lobo-Guará(Chrysocyon brachyurus), a Ema(Rhea americana) e o Tamanduá-Bandeira(Myrmecophaga tridactyla) representando o Cerrado e as Araras-Azuis(Anodorhynchus spp.), também do Cerrado e Pantanal.[4]