A quantia de 1000 escudos era também conhecida por "conto".
O escudo português foi substituído pelo euro a 1 de janeiro de 2002, dia em que as primeiras notas e moedas do euro entraram em circulação. A taxa de conversão entre escudos e euros foi estabelecida a 31 de dezembro de 1998, tendo o valor de 1 euro sido fixado em 200,482 escudos.[2]
História
No reinado de D. Duarte apareceu o meio-escudo de ouro, do qual nem o desenho se conhece. No reinado de D. João V cunharam-se também as dobras, múltiplos do escudo. Também nos reinados de D. José I, D. Maria I e D. João VI se cunharam escudos.
O decreto de 22-5-1911 reformou profundamente, sob o ponto de vista técnico, o sistema monetário que vigorava em Portugal, alterando a denominação de todas as moedas, o material, o peso, e as dimensões das moedas de bronze e substituiu, pelo escudo de ouro, o real. Dividido em 100 partes iguais, denominadas centavos, o escudo correspondia, quer no valor, quer no peso de ouro fino, à moeda de 1 000 réis.[3] Como múltiplos, criaram-se moedas de ouro, que nunca se cunharam, de 2, 5 e 10 escudos e, como submúltiplos, moedas do valor legal de 10, 20 e 50 centavos e moedas subsidiárias de bronze-níquel de valor legal de 4, 2, 1 e ½ centavos, as quais, com excepção desta última, vieram todas a ser cunhadas.
Depois de 1914, por virtude da crise provocada pela Primeira Guerra Mundial, o escudo-papel (nota) experimentou uma descida vertiginosa de valor, atingindo a sua menor correspondência em ouro, em julho de 1924.[3] Desde o segundo semestre de 1926 até abril de 1928, o escudo sofre nova desvalorização, em consequência de dois aumentos de circulação, do agravamento da dívida flutuante interna e externa e do quase esgotamento das reservas de ouro que o Tesouro Nacional possuía em Londres.
Pelo decreto n.º 19 869, de 9-6-1931, lançaram-se as bases dum novo sistema monetário, para manter a estabilização do valor desta moeda, continuando a ser o escudo de ouro a unidade monetária, mas com um peso inferior, servindo apenas como moeda-padrão.[3]
Múltiplo e submúltiplos informais
Apesar de legalmente o escudo português prever apenas um sub-múltiplo – o centavo – eram de uso generalizado o conto, equivalente a mil escudos; e o tostão, equivalente a dez centavos.
O conto equivalia a mil escudos. Foi uma unidade herdada do sistema fiduciário da Monarquia, razão pela qual algumas pessoas se lhe referiam ainda como "conto de réis", apesar do real ter sido extinto pouco depois da implantação da República. O conto era observado como unidade inteira, não admitindo fracções: os valores fraccionários eram expressos em escudos; por exemplo, "dois contos e quinhentos escudos", em vez de "dois contos e meio".
O tostão era o equivalente a dez centavos e, tal como o conto, foi uma designação herdada dos sistema fiduciário da Monarquia: era o nome popular da moeda de cem réis. O tostão era utilizado sobretudo para exprimir importâncias pequenas: valores de alguns escudos eram de facto mais vulgarmente expressos em tostões que em escudos (por exemplo, "doze tostões", em vez de "um escudo e vinte centavos"; ou "vinte e cinco tostões" em vez de "dois escudos e cinquenta centavos"). Com a desvalorização acentuada do escudo nas décadas de 1970 e 1980 e o consequente desaparecimento de facto dos centavos, o tostão também desapareceu da linguagem popular.
De uso não tão generalizado mas ainda assim reconhecida por uma parte substancial da população era a coroa. Uma coroa equivalia a cinquenta centavos. Era geralmente utilizada apenas em unidades inteiras (por exemplo, "cinco coroas" para designar dois escudos e cinquenta centavos; mas nunca "duas coroas e quarenta" para designar um escudo e vinte centavos). A coroa também apareceu no léxico português durante o tempo da Monarquia, altura em que era o nome da moeda de mil réis e transmitiu-se, inicialmente, à moeda de 1 escudo de prata; posteriormente passou a chamar-se à moeda de cinquenta centavos, anteriormente designada como "meia-coroa".
1978 - Centenário da Morte de Alexandre Herculano 1977
1983 - Mundial de Hóquei 1982
1985 - FAO 1983
5 escudos
1960 - Quinto Centenário da Morte do Infante Dom Henrique 1960
1978 - Centenário da Morte de Alexandre Herculano 1977
1983 - Mundial de Hóquei 1982
1985 - FAO 1983
10 escudos
1928 - Comemoração da Batalha de Ourique
1987 - Concelho da Europa - Mundo Rural
20 escudos
1953 - Renovação Financeira
1960 - Infante D. Henrique
1966 - Ponte Salazar
25 escudos
1978 - Centenário da Morte de Alexandre Herculano 1977
1980 - Região Autónoma dos Açores
1981 - Região Autónoma da Madeira
1983 - Mundial de Hóquei 1982
1984 - Ano Internacional do Deficiente 1981
1985 - 10º Aniversário do 25 de Abril 1984
1985 - FAO 1983
1985 - Ano Internacional da Criança 1979
1986 - Portugal Europa
1987 - D. João I Cortes de Coimbra
50 escudos
1968 - V Centenário do Nascimento de Pedro Álvares Cabral
1969 - Vasco da Gama
1969 - Centenário do Nascimento do Marechal Carmona
1971 - Banco de Portugal
1972 - IV Centenário da Publicação de Os Lusíadas
100 escudos
1995 - FAO
1997 - Expo'98
1999 - Unicef
200 escudos
1994 - Lisboa 94 Capital Europeia da Cultura
1995 - 50º Aniversário da ONU
1996 - XVI Jogos Olímpicos Atlanta 1996
1997 - Expo'98 Golfinho
1998 - Expo'98 Carapau
1999 - UNICEF
2000 - Jogos Olímpicos Sydney 2000
As moedas em circulação antes da mudança para o euro eram as que têm as seguintes denominações:
1 escudo (0,50 cents)
5 escudos (2,49 cents)
10 escudos (4,99 cents)
20 escudos (9,98 cents)
50 escudos (24,94 cents)
100 escudos (49,88 cents)
200 escudos (99,76 cents)
Notas
A última série de notas portuguesas permaneceu em vigência até à entrada do euro. Eram cinco notas dedicadas a importantes navegadores da época dos descobrimentos portugueses, com as seguintes características:[5]