Dianteill é graduado pela Ecole Normale Supérieure Paris-Saclay, titular da agregação em Ciências Sociais, doutor em Sociologia e professor de antropologia Cultural e Social na Sorbonne (Universidade de Paris ( 2019)). Ele também é laureado sênior do Institut Universitaire de France desde 2012 [1] e membro não residente do WEB DuBois Research Institute da Universidade de Harvard desde 2017. O trabalho de Dianteill explora teorias antropológicas e sociológicas sobre religião e interconexões entre poderes políticos e religiosos. Inclui também o estudo das origens simbólicas da dominação e da resistência. E autor de dez livros (incluendo três livros com Michael Löwy sobre teorias da religião[2] na ciências sociais[3]) e coordenador de quinze obras coletivas.
Erwan Dianteill criou em 2010 o Centro de Antropologia Cultural e Social – CANTHEL [4] – componente da Escola de Humanidades e Ciências Sociais – Sorbonne. [5] Junto com Francis Affergan, fundou também a cArgo [6] – International Journal for Cultural and Social Anthropology (Paris, França), em 2011.
Dianteill é um especialista das religiões africanas (vodum em Benin, orixas em Nigeria) e afro-americanas (santeria cubana[8], Ifa americano[9], cristianismo negro na Nova Orleães[10]). Siguendo o metodo participativo de Pierre Verger e Roger Bastide, foi iniciado integralmente em Havana (Cuba) em 1996 como santero e babalaô, no barrio popular "El Canal del Cerro". Dianteill explica de maneira detalhada esse modo de pesquisa antropológica e suo significado subjetivo no primer capitulo[11] de seu livro Deuses e sinais (2000), intitulado "Como um sociólogo se torna babalaô".
Segundo Roberto Motta, especialista em religiões africanas no Brasil e professor da Universidade Federal de Pernambuco, a obra Deuses e sinais (publicada em francês em 2000 e em espanhol em 2019) é um "verdadeiro tratado sobre as religiões afro-cubanas (...) Não há um único Brasileiro que tenha frequentado o Candomblé na Bahia e no Rio, ou o Xangô no Recife, que não se encontra nas pessoas, nos templos, nos rituais, nas iniciações aqui descritas e no entusiasmo de Erwan Dianteill."[12]
Dianteill foi editor científico do catalogo da exposição Brésil: l'héritage africain no Musée Dapper em Paris em 2005[13].
E também autor de um estudo sobre a afinidade entre os espíritos da Umbanda e os novos médios de comunicação. Siguendo a Marc Augé, Dianteill propõe a expressão de "caboclo super-moderno"[14]. Dianteill é além autor (com Michèle Chouchan) de um estudo comparativo da figura do deus Exu, em África e no Novo Mundo[15].
Povos indigenas
Dianteill participou a o primeiro congresso (Itaituba, 2018) e o quarto congresso (Belém, 2023) do Instituto de Pesquisa em Estudos Culturais e Ambientais Sustentáveis da Amazônia (IPEASA), em defensa dos direitos dos povos indigenas[16].