A Ermida terá sido um curato do grão-prior do Crato. O infante D. Pedro, que era o grão-prior em 1762, elevou a pequena aldeia a freguesia em 1793, depois de ter concedido aos habitantes o direito a terem capelão.
A primeira igreja da Ermida já existia em 1594 e era dedicada a Nossa Senhora da Esperança; veio a ser ampliada em 1827.
A igreja foi vítima de frequentes abusos principalmente nas épocas festivas. O Pe. António Lourenço Farinha, em A Sertã e o seu Concelho relata que era costume dormirem, comerem e beberem nela os romeiros. Assim, o visitador do Grão-Priorado proibiu sob pena de excomunhão e multa de cinco arrobas de cera, em 1594, que esses maus hábitos continuassem. Lourenço Farinha reconhece que "as danças, comezainas e brinquedos" dentro da igreja terminaram. Mas, em 1734 ainda se continuava a fazer um grande bodo[desambiguação necessária], no dia da festa de Verão, em que os habitantes da freguesia e das paróquias limítrofes se embriagavam etilicamente.
A Ermida tinha cerca de 80 moradores em 1527, segundo o Cadastro da População do Reino, 200 em 1730 e mais de 400 em 1891. No início do século XX a freguesia teriam uns 90 fogos, a que correspondiam mais de 583 habitantes.
Heráldica
Escudo de prata, monte de três cômoros de verde, firmado nos flancos e movente de um ondado de prata e azul de três tiras, o cômoro central rematado por pinheiro de negro, com agulhas de verde e sangrando de ouro para tigelas de vermelho. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com a legenda a negro: “Ermida-Sertã”