As enchentes em Alagoas e Pernambuco em 2010 ocorreram durante o mês de junho de 2010 ao longo dos rios Una, Sirinhaém, Piranji, Mundaú e Canhoto. Mais de 30 municípios dos dois estados declararam situação de emergência.[1][2]
Vítimas
As chuvas causaram 40 mortes e deixaram mais de 80 mil desabrigados nos estados de Pernambuco e Alagoas.[3]
Imagem produzida pela NASA que representa a anomalia de precipitação no período de 7 a 20 de junho de 2010. Cores tendendo para azul indicam chuvas mais acima da média.
Branquinha
Em Branquinha, no estado de Alagoas, como em várias cidades da região, a cidade foi arrasada. A prefeita da cidade,Ana Renata, vendo que seria impossível levantar a cidade à beira do rio, tomou uma atitude ousada: levantar Branquinha em outro lugar, haja vista que a cidade foi completamente arrasada e até mesmo a geografia do lugar foi alterada. Vários grupos de voluntários nacionais e internacionais atuaram ajudando as vítimas na cidade. O Grupo Voluntários da Esperança, presidido por Rinaldo Rhaister, promoveu várias ações como distribuição de materiais de higiene pessoal, roupas e alimentos. O Grupo parceiros pela vida também atuou além dos Médicos sem Fronteiras.
Reações e Medidas
Brasil: O presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve durante todo o dia 24 de junho visitando áreas atingidas nos estados vizinhos.[6]. Ainda antes durante a visita, o presidente anunciou a disponibilização de R$ 550 milhões em verbas para a recuperação dos danos[7]. O ministro João Santana disse em nota que destruição em Alagoas é uma das maiores catástrofes do Brasil.
Segundo a agência Brasília Confidencial, o BNDES destinará R$ 1 bilhão em financiamentos para a reconstrução de pequenas e médias empresas, a Caixa vai liberar o FGTS para os trabalhadores nas cidades que decretaram calamidade e os ministérios da Educação e da Saúde vão mandar R$ 90 milhões para a reconstrução de escolas, creches, postos de saúde e hospitais.[8]
O Governo do Pernambuco anunciou em 2010 a construção de cinco barragens para contenção das águas dos principais leitos dos rios da região com um investimento que superava R$ 1 bilhão de reais com estimativa de conclusão das obras em 4 anos[9]. Entretanto, o calendário das obras não foi seguindo e até o primeiro semestre de 2017, apenas uma das barragens (Serro Azul) tinha sido concluída[10].
O embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Shannon, informou que o país enviará 50 mil dólares em ajuda humanitária para complementar os esforços de assistência. Além disso, a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid) e o Escritório de Assistência a Desastres no Exterior da Usaid serão os responsáveis pela doação dos recursos[11].
A OEA anunciou que ajudará as vítimas das chuvas. O secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, afirmou que cooperará com "o que for necessário"[11][12].