A Embaixada da Índia em Brasília é a principal representação diplomática indiana no Brasil. O atual embaixador é Ashok Das, no cargo desde outubro de 2017.[1]
Está localizada na Avenida das Nações, na quadra SES 805, Lote 24, no Setor de Embaixadas Sul, na Asa Sul, sendo vizinha das embaixadas alemã e turca. A embaixada está em Brasília desde 1971, e a sede atual foi concluída em 2017.[2]
História
As relações diplomáticas entre Brasil e Índia começam em 1948. Assim como outros países, a Índia recebeu de graça um terreno no Setor de Embaixadas Sul na época da construção de Brasília, medida que visava a instalação mais rápida das representações estrangeiras na nova capital.[3][4]
A embaixada, que foi instalada em 1948 no Rio de Janeiro, se mudou para em Brasília em 1 de agosto de 1971. A sede atual da embaixada foi finalizada em 2017. Seu projeto, no entanto, começou com a realização de um concurso interno em 2003, vencido pelo arquiteto brasileiro Paulo Henrique Paranhos. O complexo é formado por cinco prédios: a chancelaria fica na entrada, onde ficam os escritórios e onde acontecem os eventos. Logo depois, vem a residência do embaixador e ao centro do terreno, as residências do ministro da embaixada, do adido militar e do primeiro e o segundo secretários. No fundo do terreno fica a casa dos funcionários externos. O desenho tem poucos exageros formais e unidade arquitetônica - todos os prédios se parecem entre sim, tendo dois pavimentos e tem brises, pergolados e pátios abertos similares. O terreno é bem aproveitado e a maior parte dos dormitórios tem vista para o Lago Paranoá.[5]
Embaixadores
O atual embaixador da Índia no Brasil, Ashok Das, já tinha sido embaixador do país na Islândia. Antes de vir ao Brasil com sua família - esposa e dois filhos - estava encarregado da Divisão da América Latina e Caribe no Ministério das Relações Exteriores indiano. Diplomata de carreira, faz parte do Serviço de Relações Exteriores da Índia desde 1987 e atuou em missões diplomáticas em Portugal, no Camboja, nos Estados Unidos e no Canadá.[1][6]
Lista de embaixadores
Embaixadores
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Período
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Referências
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Shri M.R. Masani
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Maio de 1948 - Maio de 1949
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HH Raja Joginder Sen Bahadur of Mandi
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Maio de 1952 - Março de 1956
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Shri L.R. S. Singh
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Abril de 1956 - Julho de 1958
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M.K. Kriplani ICS
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Outubro de 1958 - Dezembro de 1961
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V.H. Coelho
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Fevereiro de 1963 - Janeiro de 1965
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B.K. Acharya
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Julho de 1966 - Dezembro de 1968
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S.V. Patel
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Abril de 1969 - Dezembro de 1970
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Prithi Singh
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Junho de 1971 - Novembro de 1974
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Narendra Singh
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Novembro de 1974 - Fevereiro de 1977
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H.S. Vahali
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Maio de 1977 - Setembro de 1980
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S.S. Nath
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Outubro de 1980 - Junho de 1985
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Air Chief Marshall Dilbag Singh
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Agosto de 1985 - Agosto de 1987
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Shri A.R. Kakodar
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Setembro de 1987 - Maio de 1991
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P.K. Budhwar
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Junho de 1991 - Novembro de 1992
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G.S. Bedi
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Dezembro de 1992 - Maio de 1996
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Ishrat Aziz
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Junho de 1996 - Setembro de 1998
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M.P.M. Menon
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Janeiro de 1999 - Abril de 2002
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Amitava Tripathi
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Junho de 2002 - Outubro de 2005
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H.S. Puri
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Janeiro de 2006 - Junho de 2008
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B.S. Prakash
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Agosto de 2008 - Outubro de 2012
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Ashok Tomar
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Março de 2013 - Agosto de 2014
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Shri Sunil Lal
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Setembro de 2014 - Outubro de 2017
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Ashok Das
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Outubro de 2017 - atualmente
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Serviços
A embaixada realiza os serviços protocolares das representações estrangeiras, como o auxílio aos indianas que moram no Brasil e aos visitantes vindos da Índia e também para os brasileiros que desejam visitar ou se mudar para o país asiático.[8] Além da embaixada de Brasília, a Índia conta com mais um consulado geral em São Paulo e mais dois consulados honorários em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro.[9]
Outras ações que passam pela embaixada são as relações diplomáticas com o governo brasileiro nas áreas política, econômica, cultural e científica. Índia e Brasil tiveram trocas comerciais na casa dos 7,02 bilhões de dólares em 2019, e dois países mantém uma parceria estratégica na área comercial desde 2006. Os indianos investem no Brasil nas áreas de energia, defensivos agrícolas e fabricação de veículos pesados, e os brasileiros investem nas Índia em áreas como motores elétricos, terminais bancários e componentes de veículos pesados.[6][10]
Ver também
Referências
Ligações externas