As eleições presidenciais no Senegal de 2007 realizaram-se no dia 25 de Fevereiro, sem necessidade de se recorrer a uma segunda volta.
O presidente em funções, Abdoulaye Wade, que em 2000 foi o primeiro Presidente do Senegal eleito, venceu as eleições na primeira volta com quase 56 % dos votos.[1][2] Se tivesse havido necessidade de uma segunda volta, esta ter-se-ia realizado no dia 18 de Março de 2007.[3]
Marcação da eleições
Wade anunciou a data das eleições em Abril de 2006.[4]
Inicialmente estava previsto que as Eleições Legislativas se realizariam no mesmo dia das Presidenciais, mas as primeiras acabaram por ser adiadas para o dia 3 de Junho de 2007.[5]
Candidatos
A corrida para a Presidência foi feita por 15 candidatos, incluindo o presidente Wade.[6]
Idrissa Seck, um antigo primeiro-ministro que já foi considerado protegido de Wade, também concorreu. Seck anunciou a sua candidatura em Abril de 2006; ele havia sido detido em 2005 por apropriação indevida de bens e por ameaça para a segurança nacional mas nunca enfrentou um tribunal e acabou por ser libertado em Fevereirode 2006.[7][8]
O antigo primeiro-ministroMoustapha Niasse também concorreu como candidato por uma coligação de partidos da oposição, incluindo a sua própria Aliança de Forças de Progresso.[9]
Entre os outros candidatos inclui-se Ousmane Tanor Dieng do Partido Socialista do Senegal, anteriormente no governoof,[10]Abdoulaye Bathily da Liga Democrática/Partido Movimento para o Trabalho,[11]Landing Savané, um Ministro de Estado a e secretário-geral do Partido Africano para a Democracia e Socialismo,[12] o Presidente da Câmara de Ziguinchor, Robert Sagna,[13] e o antigo embaixador Modou Dia.[14]
Campanha
A campanha oficial começou no dia 4 de Fevereiro de 2007. Os soldados votaram mais cedo, em 17 e 18 de Fevereiro; foi a primeira vez na história do país que os soldados foram autorizados a votar.[15]
Wade tem sido criticado numa variedade de assuntos, incluindo o desemprego e a manutenção do conflito de Casamance conflict, tal como na alegada corrupção enos atrasos das Eleições Legislativas. Empenhou-se em grandes projectos de construção, o que tem dividido opiniões no país. A campanha de Wade apelou ao povo para lhe dar uma maioria logo à Primeira Volta, mas era largamente esperado que fosse necessária uma segunda volta, e os opositores negavam a hipóteses de Wade ganhar legitimamente à Primeira Volta. Muitos políticos que apoiaram Wade em 2000 haviam-se virado contra ele, o que tornava improvável que ele repetisse o feito de sete anos atrás; por outro lado era apontada a demografia senegalense, com uma alta proporção de jovens no eleitorado, o que tornava dificil a comparação entre os dois actos eleitorais.[16]
Resultados
Pouco depois das eleições, o Primeiro-Ministro Macky Sall, que também foi mandatário da campanha de Wade, disse que Wade ganhara as eleições à Primeira Volta com cerca de 57% dos votos, baseado nos resultados iniciais.[17]
DCe acordo com os resultados publicados no dia 1 de Março, Wade ganhou com cerca de 1,9 milhoes de votos, cercad de 55.9% do total. Seck ficou em segundo lugar com 14,9% dos votos e Tanor Dieng em terceiro com 13.6%. A afluência às urnas foi de 70.5%.
Wade ganhou em 32 dos 34 Departamentos do País, incluindo a maioria absoluta em 28 deles. Seck ganhou no Departamento de Thiès e Niasse no de Nioro du Rip.[18]
Protestos
A campanha de Abdoulaye Bathily rejeitou os resultados e alegou que havia falhas nas votações, dizendo que uma pessoa não podia estar registada mais que uma vez, e que a tinta usada nos boletins, que era suposto ser indelével, podia ser removida. um porta voz da campanha de Ousmane Tanor Dieng também rejeitou os resultados,[19] e em 5 de Março Tanor Dieng entregou num Tribunal Constitucional um apelo alegando falta de transparência e irregularidades.[20]
Resultados Finais
Os resultados finais do Conselho Constitucional publicados a 11 de Março deram a vitória a Wade com 55.90% dos votos, seguido de Seck com 14.92% e Dieng com 13.56%. O Conselho rejeitou os apelos de Dieng e Bathily.