A recandidatura de Jacques Chirac, que durante algum tempo pareceu provável, perdeu possibilidades devido em parte à recusa popular da Constituição Europeia, que Chirac havia apoiado abertamente, assim como o seu delfim, Dominique de Villepin (primeiro-ministro).
Esquerda
Ségolène Royal
Em 16 de Novembro de 2006, o Partido Socialista Francês fez votações para a escolha de candidato à presidência da República. A estas eleições apresentaram-se Ségolène Royal (senadora e companheira do Primeiro Secretário do Partido Socialista desde 1997, François Hollande), Dominique Strauss-Kahn (DSK, ex-ministro da Economia de Mitterrand e de Jospin) e Laurent Fabius, (ex-Primeiro-ministro de Mitterrand). Os resultados deram a maioria absoluta a Royal, portanto foi designada candidata automaticamente, sem necessidade de segunda volta. Os resultados da votação interna do PSF foram:
Ségolène Royal: 60,62%
Dominique Strauss-Kahn: 20,83%
Laurent Fabius: 18,54%
Alguns dos pontos do seu programa são a aprovação do casamento homossexual, apesar de que até há pouco tempo fosse feroz opositora. Esta viragem fez com que os seus críticos a considerem como uma mulher que se guia pelas sondagens e que não tem opções fundamentais claras.
François Bayrou, presidente da União para a Democracia Francesa, (UDF) que por muito tempo esteve aliada ao UMP, seguiu uma política mais independente, e embora existam fortes divisões no seu partido em relação a essa política, é o candidato da UDF à presidência da República. Também se apresentou nas últimas eleições presidenciais, em 2002, tendo obtido cerca de 2.000.000 de votos (6,84%).
O apoio a Bayrou tem aumentado ao longo da campanha eleitoral: em meados de Outubro de 2006 as sondagens atribuiam-lhe apenas 7% dos votos, mas as de Março de 2007 anunciavam que Bayrou é o político mais popular de França e que a intenção de voto na primeira volta é, segundo algumas sondagens, de 18%. Com esta percentagem ficaria em terceiro, após Sarkozy e Royal. No entanto, caso passasse à segunda volta, os franceses escolheriam-no quer entre Sarkozy e Bayrou, quer entre Royal e Bayrou.[2]
A União por um Movimento Popular (partido de Nicolas Sarkozy), teve como principais pré-candidatos o primeiro-ministro Dominique de Villepin, considerado o preferido do presidente Chirac, e o Ministro da Administração Interna, Nicolas Sarkozy. A Lei de Contrato do Primeiro Emprego impulsionada por de Villepin, foi motivo de grandes manifestações e caos social em França, e fez com que a sua popularidade baixasse drasticamente, a ponto de ter perdido parte do apoio que lhe dava o seu próprio partido. Isto favoreceu Sarkozy.
Em 14 de Janeiro de 2007, a UMP foi a eleições primárias para designar um candidato, eleições essas em que Sarkozy foi único candidato, já que Michèlle Aliot-Marie, ministra da Defesa e possível candidata pró-Chirac, anunciou dois dias antes destas eleições (12 de Janeiro de 2007), após reunião com Sarkozy, que não se apresentaria e que apoiaria Sarkozy. Os resultados destas eleições foram:
Nicolas Sarkozy: 98,1%
Participação: 69,06%
As sondagens desde Janeiro de 2007 que dão Sarkozy como favorito para a primeira volta, embora muitos analistas digam que é demasiado cedo para assegurar essa vitória.
Jean-Marie Le Pen
Em função das eleições presidenciais e das legislativas de 2007, Jean-Marie Le Pen (líder da Frente Nacional) lançou um apelo a diversos partidos e correntes políticas para constituir uma « união patriótica », segundo os termos seguintes: « Je renouvelle mon appel à l'union patriotique, dont naturellement je prendrai la tête puisque je suis le mieux placé de tous les candidats qui se réclament de la droite nationale pour l'emporter » (Renovo o meu apelo à união patriótica, da que naturalmente seria o líder, visto que sou o mais bem posicionado de todos os candidatos que se clamam da direita nacional).
Renegociação dos tratados França-Europa e fortalecimento do papel de França nas organizações internacionais (como a UE e a NATO).
Há que destacar que, a ganhar, Le Pen iniciaria o seu mandato com 79 anos de idade (os mesmos que tinha François Mitterrand no final da sua segunda legislatura).
As sondagens parecem mostrar uma progressão de Le Pen, que segundo Pierre Giacometti (director-geral da Ipsos França) "conta com um nível de popularidade, aceitação e tolerância claramente mais sólido que há cinco anos".